Não param as situações insólitas envolvendo líderes da extrema-direita e o coronavírus.

Segundo o "Washington Post", num artigo publicado recentemente, Donald Trump, ex-presidente dos EUA, terá sugerido, quando era o líder daquele país, enviar turistas americanos provenientes da Ásia para Guantánamo, uma ilha em Cuba que alberga um complexo prisional militar.  

"Não somos proprietários de alguma ilha? Porque não Guantánamo? Importamos bens, não vamos importar um vírus", terá dito o antigo líder norte-americano durante uma reunião na sala de crise da Casa Branca.

O comentário foi recebido com estupefação por parte do resto da sua comitiva, contam os jornalistas Yasmeen Abutaleb e Damian Paletta.

Noutra altura, o presidente também sugeriu que ingestão de uma espécie detergente poderia ser a solução para combater a pandemia.

Já no Brasil, e ainda no poder, Jair Bolsonaro, que mistura um discurso de ódio com religioso, insultou os jornalistas quando questionado sobre o meio milhão de mortes no Brasil.

Jair Bolsonaro tem defendido o uso da droga Cloroquina para tratar os doentes com Covid, o que a comunidade científica refuta por completo. 

Em conferência de imprensa, Bolsonaro foi questionado por um repórter da Globo sobre porque estava com máscara de proteção, quando por norma não a usa. Face a isto, o líder brasileiro tirou a proteção recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e provocou o jornalista que fez a questão: "Está feliz agora?”, questionou.

“Essa Globo é uma merda de imprensa. Vocês são uma porcaria de imprensa. Cala a boca, vocês são uns canalhas. Vocês fazem um jornalismo canalha que não ajuda em nada. Vocês não ajudam em nada. Vocês destroem a família brasileira, destroem a religião brasileira. Vocês não prestam", continuou insultando.

Tal como outros grandes países governados por políticos extremistas, o Brasil é um dos países mais afetados no mundo por esta crise mundial de saúde.

Vários especialistas garantem que o país sul americano enfrenta uma nova vaga de pandemia, o que o Governo também duvida.

Em Portugal, o "Chega" tem o apoio de Bolsonaro e outros líderes de partidos de extrema-direita internacionais.

Texto e Imagem: Stephane Oliveira