Segundo o jornal inglês “The Guardian” a inércia ou impotência de alguns países de terceiro mundo face à Covid-19 pode tornar as atuais vacinas obsoletas em cerca de um ano.

As conclusões foram tiradas num inquérito para a People’s Vaccine Alliance - coligação que inclui a Amnistia Internacional, a UNAIDS (Programa das Nações Unidas para o HIV) e a ONG de luta contra a pobreza.

O motivo prende-se com o baixo ritmo de vacinação em vários países do Terceiro Mundo, tais como o Brasil, onde o descuidado do governo e da população em geral pode levar ao aparecimento de novas mutações resistentes às atuais vacinas.

A luta desigual na compra das vacinas entre os países mais ricos e os mais pobres está a exacerbar este problema, pois muitos dos países mais periféricos não têm neste momento poder de compra para fazer face à epidemia.

Este é um problema global e a incapacidade do mercado servir todo o planeta, deve ser visto como um preocupação que nos deve afetar a todos, acreditam vários cientistas e ativistas.

"O vírus não respeita fronteiras e as novas variantes em qualquer lugar do planeta significam que nenhum de nós está seguro. A menos que vacinemos o mundo, deixamos o campo aberto para mais mutações, que podem produzir variantes que podem escapar às nossas vacinas atuais e exigir doses de reforço para lidar com elas", destaca Gregg Gonsalves, professor de epidemiologia na Universidade de Yale.