Os dois feridos estão em estado grave mas não correm perigo de vida. Um primeiro suspeito do ataque, com 18 anos, foi detido na Praça da Bastilha, depois de ter despertado a atenção da polícia por ter sangue na cara. Segundo fonte judicial citada pela imprensa francesa, outro suspeito foi detido no metro de Paris. Tem 19 anos.
A Procuradoria antiterrorismo de França assumiu a investigação por "tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa".
O ataque ocorreu na rua Nicolas Appert, junto ao edifício da antiga redação do Charlie Hebdo. A agência noticiosa Premières Lignes, que funciona no edifício, confirmou à rádio France 2 que dois dos seus trabalhadores, "um homem e uma mulher", foram feridos no ataque. Estavam no exterior do edifício quando foram atacados. A faca utilizada no crime foi encontrada no local, num canteiro de flores.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, suspendeu uma visita que estava a fazer a um subúrbio do norte de Paris e dirigiu-se ao centro de crise do Ministério do Interior.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, deslocou-se ao local do ataque.
A câmara municipal de Paris anunciou que "milhares de alunos foram confinados" por precaução.
Cinco escolas do bairro onde ocorreu o ataque e todas as escolas dos bairros vizinhos foram encerradas, envolvendo "milhares de alunos, da creche ao liceu", precisou o município, acrescentando que vão igualmente ser encerrados equipamentos municipais e ginásios.
A antiga redação do jornal Charlie Hebdo, na zona leste de Paris, foi palco, a 7 de janeiro de 2015, de um ataque 'jihadista' que fez 12 mortos e cinco feridos graves.
O julgamento dos presumíveis cúmplices desse e de outros ataques 'jihadistas' em Paris está a decorrer, desde o início de setembro, na capital francesa.
Na terça-feira, a diretora de recursos humanos da revista Charlie Hebdo, que se encontra sob proteção da polícia desde 2015, disse que foi obrigada a abandonar a casa onde reside na semana passada, devido a ameaças.
Em declarações à rádio France Info, Marika Bret referiu que, "perante a gravidade das ameaças", que não foram detalhadas por motivos de segurança, a polícia lhe comunicou, na semana passada, "que tinha dez minutos para preparar uma mala" e abandonar o edifício onde reside.