Há uma espécie de mini país em Seattle após as manifestações contra o racismo.  Trata-se de uma zona com apenas 10 quarteirões tomada por anarquistas, antifascistas, e antiracistas que conseguiu ganhar autonomia após o prédio local da polícia ter sido abandonado.

Tudo se sucedeu no seguimento do assassínio de George Floyd por parte de um polícia de Minneapolis. As imagens divulgadas nas internet provocaram ondas de contestação contra o racismo e a brutalidade policial. 

A situação acontece numa altura em que a nova estirpe de Coronavírus está a deixar muitas pessoas sem trabalho e em que muitas teorias da conspiração começam a surgir contra empresas, personalidades públicas e Estados.

SENTIMENTO DE DESCRENÇA NOS GOVERNOS

A zona de Chaz está localizada em redor do antigo prédio da esquadra da polícia, abandonado. O microestado tem agora sensivelmente 300 habitantes e está habitado por pessoas ligadas a movimentos anarquistas, anti-sistema, contestatários e LGBT.

Os porta-vozes dos ocupantes deste que o objetivo da comunidade é não precisar de Governo nem polícia.De momento, os residentes tem convivido pacificamente e assentado num modelo de voluntariado e colaboração mútua. Há zona para refeições, uma praça para ministrar aulas, um cinema ao ar livre e uma zona para desifeção de mãos.

Contudo, os serviços citadinos ainda são prestados aos habitantes da região, incluindo a remoção de lixo e os serviços dos bombeiros. Adicionalmente, o Departamento de Polícia de Seattle declarou que responderá chamadas na zona, se necessário.

Donald Trump já mostrou a sua desaprovação por este ato feito à revelia do Governo. Manifestantes preocupados com o potencial de um ataque têm usado barreiras e barricadas nos cruzamentos.