Dia Mundial do Ambiente: Máscaras descartáveis continuam a poluir
São inúmeros os espaços públicos poluídos com máscaras e luvas descartáveis. A maior parte em zonas como supermercados, parques naturais e até hospitais públicos.
São inúmeros os espaços públicos poluídos com máscaras e luvas descartáveis. A maior parte em zonas como supermercados, parques naturais e até hospitais públicos.
(Hospital Santa Maria, Lisboa)
O plástico, produto derivado do petróleo, em vários casos não é reciclável e apresenta um perigo para os ecossistemas do planeta.
Apesar do plástico ser imprescindível para o setor da tecnologia e saúde, a sua sobreprodução faz muitos especialistas acreditarem que até 2050 o nosso planeta possa entrar em colapso, havendo a partir de então mais plástico no mar do que peixe.
"A poluição tem sido dos problemas maiores com que a humanidade se tem enfrentado nos últimos anos", afirma Pedro Braga. "É um problema maior ainda talvez do que a Covid-19", prossegue o empresário do setor dos dispositivos de proteção facial, que não esconde a sua preocupação com esta matéria. "Reparo que muitas pessoas ainda usam máscaras descartáveis e depois atiram-nas de forma egoísta para o chão".
Para o líder da Protect Others, uma empresa tirsense que está a exportar para todos os cantos do mundo, este problema é tão mais grave, quando já existem várias máscaras reutilizáveis como as criadas pela sua empresa, a "Protect Others", que pode ser lavada até 50 vezes. "A nossa, por exemplo, tem um grau de eficácia cirúrgica de 95%".
A sua empresa desenvolveu ainda uma embalagem para as pessoas que queiram proteger-se da pandemia da Covid-19, armazenarem e guardarem as suas máscaras em segurança e poderem transportá-las, sem a necessidade de atirar para o chão.
"Todos temos que pensar na pegada ecológica que deixamos no planeta. Não adianta de nada juntarmo-nos na luta contra esta doença, se depois multiplicarmos o nível de poluição ambiental. É incoerente", culmina.