O que se sabe até agora do Covid-19?
Um pequeno monstro assaltou as nossas vidas desde o final de 2019. A nova estirpe de Coronavírus, a Covid-19, já ceifou 100 mil vidas por todo o mundo. À data de hoje (14 de abril de 2020) existem sensivelmente dois milhões de pessoas infetadas
Um pequeno monstro assaltou as nossas vidas desde o final de 2019. A nova estirpe de Coronavírus, a Covid-19, já ceifou 100 mil vidas por todo o mundo. À data de hoje (14 de abril de 2020) existem sensivelmente dois milhões de pessoas infetadas.
O caso ganha tanto ou maior proporção, se atendermos ao real tamanho do vírus. O inimigo comum do planeta é tão pequeno que custa a acreditar. Tem 0,00000000125cm de diâmetro (!).
O vírus que foi descoberto na cidade chinesa de Wuhan na província de Hubei ameaça a economia internacional. Em Portugal o PIB de 2020 já é uma das fatalidades garantidas. O Produto Interno Bruto, ou seja, toda a riqueza gerada no país irá sofrer uma queda de 8% quando comparado com o período homólogo do ano transato.
O desemprego, segundo o FMI chegará às 380 mil pessoas.
Muitos dizem que será a maior crise financeira pós II Guerra Mundial, mas se há algo que é um denominador comum entre todas as calamidades, são os avanços tecnológicos que se seguem e que poderão ajudar o mundo a dar a volta a esta sucessão de eventos que obrigou quase meio mundo a ficar de quarentena.
Em teoria o planeta também estará mais preparado para lutar contra pandemias deste género.
Porque se chama “Coronavírus”?
Os coronavírus são uma enfermidade transmitida por animais a pessoas. Antes do Covid-19, já existiram o SARS e o MERS, ambos tendo sido uma ameaça à sociedade, mas sem terem a magnitude do Covid-19.
Todas estas doenças se caracterizam por se assemelhar a uma gripe, mas apresentarem patologias bastante mais graves, causando problemas respiratórios, danos nos órgãos internos, e nalguns casos até a morte.
A taxa de mortalidade do Covid-19 neste momento é de 5%, sendo que as pessoas que estão mais expostas à fatalidade são os idosos e pessoas com comorbidade com outras patologias, tais como cancro, SIDA, e outras doenças que afetam o sistema imunológico.
O nome da doença “Coronavírus” está associado à aparente coroa que ea doença apresenta em cada um dos seus focos de infeção. O minúsculo coronavírus é composto por material genético envolto em lípidos, tendo uma espécie de coroa de espinhos onde se agarra às células e se multiplica usando o nosso próprio organismo, replicando-se assim no nosso organismo.
Transmissão
O vírus é transmitido por micro partículas da secreção humana e aerossóis. Por isso, é que o uso da máscara e viseira é importante para evitar a contaminação de pessoa para pessoa. Estes equipamentos de proteção são usados eficientemente para evitar o contágio de um potencial portador sintomático ou assintomático para uma pessoa que não esteja contaminada.
A ideia do uso generalizado de máscaras é precisamente para evitar o contágio de portadores para não portadores, até porque haverá muitas pessoas que carregam o vírus e o distribuem (a percentagem de contaminação de cada pessoa é de sensivelmente 3 pessoas).
Tratamentos e Vacinas
Tudo indica que no melhor dos cenários a vacina contra a Covid-19, atualmente já a ser testada em humanos, apenas esteja pronta no final do ano. Até lá, espera-se que haja mais picos infeciosos, a menos que se encontre uma conjugação de medicamentos, ou terapia já existente no mercado que se mostre eficaz.
A Organização Mundial de Saúde começou há escassas semanas o teste de 5 combinações possíveis de medicamentos, sem ter indicado ainda o sucesso do ensaio.
Em Portugal, especula-se que a vacina contra a BVG possa ser eficaz na luta contra o Covid.
Estima-se que cerca de 70% a 80% da população mundial possa contrair o vírus, sendo que o motivo que levou a maior parte dos Governos a tomarem medidas para evitar a escalada da propagação foi não sobrecarregar os sistemas nacionais de Saúde, a um ponto em que estes fiquem saturados.
Em Itália e Espanha deu-se o exemplo de médicos terem que escolher quem sobrevive, à conta de não conseguirem atender tantos pacientes e não terem ventiladores para todos. Estes países tomaram medidas demasiado tarde em relação ao Covid-19, mas tiveram concertações mais restritas entretanto quando a disseminação generalizada tornou-se inevitável e com ela o maior número de mortos do que o usual.
A curva
O controlo da curva exponencial do vírus na população também tem como propósito controlar o número de fatalidades desta doença. Foi isso que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, retificar a sua teoria de imunidade de grupo.
Inicialmente, com excepção dos idosos, o líder do governo inglês optou por deixar expor os seus cidadãos à doença para que o máximo de pessoas pudessem ganhar imunidade e desta forma não afetar tanto a Economia. Mas, o controverso primeiro-ministro daquele país haveria por dar o dito por não dito e mudar de estratégia, ao perceber que o sistema nacional de saúde poderia colapsar.
Boris Johnson que ainda há pouco agradeceu a um enfermeiro português por ter sido uma das pessoas mais importantes para sobreviver à pandemia, havia-se mesmo conformado com a ideia de quer algumas pessoas “queridas iriam ter que partir antes de tempo”.
Também polémica tem sido a postura de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, que pediu, mesm contra as recomendações do Ministério da Saúde daquele país, aos seus cidadãos para retomarem à normalidade. O homem forte do Brasil tem aparecido em público junto dos seus apoiantes, distribuindo mesmo beijos a pessoas de idade.
Teorias das Conspiração
Um pouco por todo o mundo têm surgido teorias da conspiração. Se nos EUA e na Europa não é incomum ouvir-se pessoas a dizerem que acreditam que a pandemia do Covid-19 foi uma jogada orquestrada pelo regime chinês, a China diz que as forças militares americanas é que levaram a doença para Wuhan na altura dos Jogos Militares.
Uma coisa é certa, o Governo chinês parece ter encoberto a data inicial do vírus, e neste momento decorre uma autêntica guerra de propaganda nos dois lados do globo e uma escalada de racismo nas duas maiores potencias mundiais, principalmente nos EUA.
[Em atualização]