Potenciais vacinas contra o Covid-19 deverão estar prontas brevemente
Israel ou EUA podem ser os países a criarem as primeiras vacinas funcionais contra o Covid-19.
Um invulgar processo tradicional poderá ser uma das fortes hipóteses para combater a nova estirpe de coronavírus.
ESTADOS UNIDOS
A experiência nos Estados Unidos foi realizada em ratos injetando micro-partículas do Covid-19. Nos roedores, foi provado que aqueles animais desenvolviam, passado duas semanas, anticorpos eficientes para debelar a doença.
E a suposta cura oriunda da Escola de Medicina de Pittsburgh, um pequeno adesivo do tamanho de um dedo com 400 microagulhas, poderá ser bem o David que vence o Golias. Estas agulhas injetam o material necessário e somem imediatamente num processo totalmente indolor.
O vírus é injetado de forma enfraquecida de maneira a que o corpo consiga instigar rapidamente uma resposta eficaz.
A equipa por trás desta descoberta esteve envolvida com doenças altamente infecciosas tais como o SARS e o MERS.
A equipa aguarda agora autorização por para da FDA, instituição que regula o lançamento de medicamentos nos EUA para poder testar este método em humanos.
A Regeneron, uma empresa americana de biotecnologia, que consegue replicar a resposta imunológica humana em roedores, poderá também contribuir para a tese da Escola de Medicina de Pittsburgh.
"A situação que estamos a viver atualmente é diferente de tudo o que já vimos, por isso não sabemos quanto tempo vai demorar o processo de desenvolvimento clínico. Mas algumas alterações aos processos anunciadas recentemente indicam que poderemos avançar mais rápido", teceu, Louis Falo, um dos autores do estudo.
MÉTODO ISRAELITA
Em Israel, com apoio estatal, surgiu também uma potencial vacina muito promissora. O teste em humanos estará mesmo a ser previsto para junho. A equipa de cientistas está otimista perante a solução que encontraram. Trata-se de uma vacina administrada oralmente.
A equipa do grupo de biotecnologia do Instituto de Pesquisas da Galileia afirma estar no processo final, aguardando a angariação de proteínas necessárias para os componentes ativos.
A potencial vacina surge após um estudo realizado com a Bronquite Infecciosa das Galinhas,doença com várias semelhanças com o Covid-19, sendo uma adaptação deste tratamento.
"O nosso conceito básico foi desenvolver uma tecnologia geral e não uma vacina específica para esse ou aquele tipo de vírus", afirma Katz, um dos autores do estudo. "A estrutura científica da vacina é baseada num novo vetor de expressão proteica, que forma e secreta uma proteína solúvel quimérica, a qual entrega o antígeno viral nos tecidos da mucosa por endocitose auto-ativada, fazendo com que o corpo forme anticorpos contra o vírus".
Tem sido ventilado largamente pela comunicação social que uma vacina só deverá estar pronta daqui a sensivelmente um ano, mas a urgência provocada pela pandemia poderá ajudar as autoridades a acelerarem o processo.