Especialistas chineses alertam para erros europeus
Vários especialista chineses citados por reputados órgãos de comunicação social europeus têm apontado à série de erros cometidos pelos governos europeus no que diz respeito ao controlo do Covid-19.
Poucas pessoas a usarem máscaras nas ruas, transportes públicos em funcionamento, tardia em cancelar eventos de grande dimensão, desvalorização da propagação da doença, de acordo com vários especialistas chineses, têm sido, a par, de uma despreparação generalizada das unidades de saúde, as causas para a Europa ser agora o grande epicentro do vírus.
Os voos continuaram durante muito tempo a decorrer de forma normal, quando já havia uma clara ameaça global. Os cidadãos de diversos países na Europa não seguiram as recomendações de confinamento sugeridas ao nível estatal. São inúmeros os exemplos de falta de organização estrutural quando comparado à China, o país mais eficiente, neste aspecto, no mundo.
As teorias alegamente infudadas dos governos britânicos e holandeses da imunidade de grupo também tardaram uma resposta eficiente no controlo do Covid-19. Boris Johnson, primeiro-ministro inglês chegou mesmo a conformar-se com uma taxa de propagação de 60%, e com a "perda prematura de pessoas queridas".
O governo inglês esqueceu-se das repercussões que isso poderia ter para o Sistema Nacional de Saúde e retificou as medidas. Em parte este desenrolo também deveu-se à intensa desvalorização da Libra, que chegou praticamente ao preço do Euro.
A Itália já superou o número de mortos na China. O caso é tão mais alarmante quando comparamos os dados demográficos da China e da Itália. O país latino tem 60 milhões de habitantes. A China, essa, tem 1400 milhões de habitantes.
Em Itália e em Espanha os técnicos de saúde têm-se deparado com a dramática decisão de ter que escolher quem sobrevive em hospitais completamente esganados pelo número de casos. São mais as entradas de doentes nos hospitais do que as saídas de pessoas curadas.
O desleixo é evidente principalmente na proteção e prevenção. A Organização Mundial de Saúde e a DGS não recomendem o uso de máscaras para pessoas saudáveis, talvez pela escassez deste bem, a verdade, diz o mundialmente conhecido jornal "The Guardian", através da sua utilização a capacidade de proteção aumenta em torno de cinco vezes, quando comparado com o uso de... rigorosamente nada.
A OMS apenas recomenda o uso para pessoas que trabalhem na área da Saúde, pessoas portadoras de Covid-19, quando em convívio social com outrém, e pessoas que convivem com portadores de Covid-19. Mas a verdade, é que nunca sabemos quando vamos tossir, espirrar, ou estar perto de uma pessoa que apresente uma dessas patologias.
A esse propósito, existem muitos tutoriais no YouTube, como já noticiou previamente a Santo Tirso TV de como fazê-las em casa, com recurso a materiais que provavelmente já terá no seu lar.
De acordo com Sun Shoupeng, vice presidente da Cruz Vermelha chinesa, "as medidas tomadas em Milão foram muito condescendentes".
"Eu vejo que os transportes públicos continuam a funcionar, as pessoas ainda circulam nas ruas, têm encontros nos hotéis, e não usam máscaras", elenca. A maior parte dos governos europeus têm falhado em impor uma quarentena intransigente, afirma. "A resistência ao confinamento será mortal!", avisa Sun.
"Eu não sei o que as pessoas aqui estão a pensar. Temos mesmo que parar as nossas atividades económicas e hábitos de interação social. Temos que ficar em casa e fazer o maior esforço para salvar vidas", culmina.
Atualmente a China já tem praticamente controlada a epidemia e já está a retomar aos poucos a sua atividade económica. O regime chinês, de cariz ditatorial, neste caso poderá ter oferecido uma vantagem em relação às democracias europeias, tanto para salvar vidas como para salvar a economia.
O significatico maior poder económico da China também dotou o país das soluções para combater este problema, que enquanto pairar onde quer que seja, continuará sistematicamente a ser um problema muito grave em termos sociais e económicos para todo o Globo.
Alguns jornalistas e estatísticos acreditam que se o Covid-19 não for bem endereçado de forma global, não haverá apenas um pico, mas vários picos até à vacina, ou um tratamento adequado ser encontrado.
Ainda hoje alguns órgãos de comunicação social alertaram para um possível grande surto ainda no decorrer do Inverno deste ano.
Segundo cientistas citados pelo "Expresso", no Inverno, caso a irradicação não tiver sido lograda de forma perfeita, haverá um novo ciclo de infeções e quarentenas. A alternativa seria paralisar os países em quarentena "durante muitos meses além de maio". Esta última frase é de Ruy Ribeiro, um biomatemático português.
Por aqui, se a progressão da doença e o crescimento exponencial em Portugal não baixar para valores significativamente mais baixos do que até agora registados, o nosso país chegará aos 10 mil casos de infeção em cerca de 12 dias.
Artigo: Stephane Oliveira