"Detetámos uma clara perda de massa óssea, uma situação que se deve à inalação de partículas contaminantes e que provoca stresse oxidativo e gera inflamações", garante o coordenador da investigação. "As partículas são tão pequenas que entram por todos lados. São capazes de ir até ao útero, ao cérebro e aos vasos sanguíneos. Não me admira nada que também ataquem os ossos", comentou já publicamente Aurelio Tobías, outro conceituado investigador espanhol.
Poluição atmosférica está a enfraquecer os nossos ossos
A inalação diária de partículas nocivas conduz à perda de massa óssea e de minerais e aumenta o risco de osteoporose, alerta um novo estudo do Instituto de Salud Global de Barcelona, divulgado hoje na revista Jama Network Open.
A poluição atmosférica está a enfraquecer os ossos humanos e, nos últimos anos, a situação tem vindo a agravar-se, atingindo níveis que são preocupantes. A inalação diária de partículas nocivas conduz à perda de massa óssea, de vitamina D e de minerais essenciais e aumenta o risco de osteoporose, alerta um novo estudo do Instituto de Salud Global de Barcelona (ISGlobal) em Espanha, divulgado hoje pela revista médica especializada Jama Network Open.
A perda de densidade óssea apurada pelos investigadores torna os ossos mais porosos e, consequentemente, mais propensos a lesões e fraturas. Os cientistas do instituto catalão monitorizaram durante três anos a exposição ambiental e a qualidade das estruturas ósseas de 3.717 pessoas com idades entre os 34 e os 37 anos residentes no sul da Índia, "um país onde se regista uma das maiores contaminações ambientais do mundo", sublinha Otavio Ranzani.