
Amazónia está a arder a um ritmo assustador
Número de fogos no Brasil cresceu 82% este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Estado do Amazonas já decretou situação de emergência no início do mês. O impacto negativo da desflorestação ilegal e queimadas não autorizadas estão a fazer com que a Amazónia esteja a desaparecer a um ritmo bastante acelerado, fazendo da floresta a região mais afetada, com 51,9% dos casos.
“O Amazonas registou, de janeiro a julho deste ano, 1699 focos de calor (focos com temperatura acima de 47°C, registados por satélite, que indicam a possibilidade de fogo). Destes, 80% foram registados julho, mês em que teve início o período de estiagem”, declarou o estado do Amazonas no seu site.
O investigador Alberto Setzer explicou que o clima em 2019 está mais seco, o que pode propiciar um aumento no número de fogos. No entanto, defende que a maioria deles não tem origem natural. “Nesta época do ano não há fogo natural. Todas essas queimadas são originadas em atividade humana, seja acidental ou propositada. A culpa não é do clima, ele só cria as condições, mas alguém coloca o fogo”.
As recentes divulgações do Inpe, órgão do Governo brasileiro que levanta os dados sobre a desflorestação e queimadas no país, revelou que a desflorestação da Amazónia cresceu 88% em junho e 278% em julho, comparativamente com o mesmo período do ano passado.
No entanto, governo de Bolsonaro nega esses dados e acusa o Instituto de estar ao serviço de algumas organizações não governamentais por divulgar dados que apontam para o aumento da desflorestação da Amazónia.
Com cerca de cinco milhões e meio de quilómetros, a Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, que inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território pertencente à França).