Redes sociais prejudicam saúde mental das crianças
Estudo britânico analisou respostas de crianças com idades compreendidas entre 13 e 16 anos.
As redes sociais são daquelas coisas em que na gíria popular se chama de pau de dois bicos. Por um lado, permite manter pessoas ligadas e em permanente contacto, servindo um número magnânimo de vários tipos de instituições. Por outro lado, e aqui é que está o problema, podem ter efeitos nocivos na sociedade. Neste caso, nas crianças em particular.
Um estudo britânico estudou o impacto das redes sociais nas crianças. Este, contemplou uma amostra de mais de 12 mil crianças, com idades compreendidas entre os 13 e 16 anos. Quando questionadas sobre quantas se ligavam às redes sociais por dia, 51% das raparigas e 43% dos rapazes afirmaram ligar-se três vezes por dia.
Segundo a investigação, estas plataformas expõem adolescentes ao cyberbullying, retira-lhes horas de sono e ainda os leva a não praticar exercício. Os investigadores concluíram que, redes como o Facebook, o Instagram ou o WhatsApp, podem aumentar o risco em 20% de as crianças sofrerem de distúrbios psicológicos, podendo-se comprovar que aqueles que se ligavam mais de três vezes por dia tinham uma saúde mental mais debilitada do que os outros com valores mais baixos de acesso.
As raparigas estão mais sujeitas a estes problemas do que os rapazes. “Os danos da saúde mental relacionados com a frequente exposição às redes sociais nas raparigas podem relacionar-se com a exposição ao cyberbullying e à falta de sono e exercício físico”, pode ler-se no estudo.
“As intervenções que promovam a saúde mental devem incluir esforços para prevenir ou aumentar a resiliência ao cyberbullying e assegurar um sono e exercício físico adequado nos jovens”, aconselham os investigadores.