
Já há projetos para recongelar o Ártico
O objetivo maior passa por impedir a subida de temperaturas.
Um grupo arquitetos e de investigadores indonésios criou um submarino capaz de lançar peças de hexagonais para a superfície. Re-iceberg-isation é o nome deste processo, inspirado na reflorestação de regiões tropicais e subtropicais. A ideia mereceu um segundo lugar num concurso internacional, organizado pela Associação de Arquitectos Siameses (ASA, na sigla inglesa, que abrange os 3000 arquitectos a trabalhar na Tailândia).
Faris Rajak Kotahatuhaha, Denny Lesm Ana Budi e Fiera Alifa foram os responsáveis por projetar o submarino de 15 metros de diâmetro, com o objetivo de dar resposta ao aumento do nível médio das águas do mar e na procura por impedir o degelo da massa polar. O equipamento está preparado para atuar nas condições mais adversas que se fizerem sentir.
O modo de funcionamento passaria pela recolha de água para depois ser dividida em água doce e em água salgada, através dos processos de dessalinização e, posteriormente, de congelação. Passado um mês seria lançada para as águas frias uma estrutura de gelo com a forma hexagonal (uma ice baby).
“Ao recongelar-se o Árctico, pelo menos podemos combater a temperatura quente com uma temperatura fria, restaurando o ecossistema polar, o que tem um efeito directo no equilíbrio da temperatura global, evitando também o aumento do nível médio das águas do mar”, explicou Faris Rajak Kotahatuhaha.
As peças vão encaixar-se uma nas outras e, com o passar do tempo, ia permitir a formação de uma grande camada de gelo. No entanto, não há planos de concretização do projecto. Para o futuro, os arquitetos deixam todas as hipóteses em aberto.
Faris Rajak Kotahatuhaha está ciente de que “ainda há muita campanha por fazer”, o arquitecto indonésio sublinhou que há pequenos passos que se podem ir dando, nomeadamente “através da redução das emissões de dióxido de carbono e de medidas preventivas de combate ao degelo da massa polar” e crê que “a chave para manter o equilíbrio dos ecossistemas polares e um mundo mais sustentável é a colaboração de todos.