A conclusão foi revelada no dia de ontem por um estudo publicado pela universidade americana de Brown: O Pentágono gerou cerca de 59 milhões de toneladas de dióxido de carbono no ano de 2017. Através destes dados, conclui-se que a sede das operações de defesa dos Estados Unidos poluem mais que países como Portugal.

Olhando para o ranking da Global Carbon Atlas, Portugal está no número 57. Se o Pentágono fosse um país seria o 55.º na lista dos que mais poluem a atmosfera.

Apesar dos resultados, o Pentágono conseguiu reduzir o consumo de combustível desde 2009, através do uso de veículos mais eficientes neste aspeto e também graças à utilização de fontes de energia mais limpa, sobretudo nas bases militares. No entanto, esta diminuição pode ser maior se, por exemplo, forem feitos cortes nas missões de proteção aos acessos petrolíferos, missões que motivam o consumo muito elevado de combustíveis.

“Há muito espaço para reduzir as emissões de gases nocivos por parte do Pentágono”, salienta Neta Crawford, responsável pelo estudo, acrescentando ainda que “Muitas missões poderiam ser repensadas, e isso tornaria o mundo um sítio mais seguro”.

A movimentação de tropas e armamentos, diz a mesma publicação, é responsável por 70% do consumo energético das operações militares americanas. Aqui, o principal agente poluente é o transporte aéreo e terrestre, ou seja, a combustão de combustível de aviões e de gasóleo.