Governos podem começar a proibir totalmente carros a gasóleo
15 grandes cidades europeias proibiram a entrada de carros a diesel.
Até agora 15 cidades proibiram a entrada a carros a gasóleo mais antigos: Paris, Bruxelas, Londres, Madrid, Roma, Berlim, Atenas, Copenhaga, Milão, Munique, Oslo, Oxford, Turim, Hamburgo e Estugarda. A última, lar da Mercedes e da Porsche, atesta a severidade com que estes municípios têm visto o impacto do diesel nas nossas vidas.
Apesar de atualmente só os carros a diesel mais poluentes estarem a ser alvos de sanções, prevê-se que o diesel seja totalmente banido até 2025 em muitas cidades da Europa. O México e cidades como Atenas, Paris e Madrid, por exemplo, querem banir o mais rápido possível estas viaturas das estradas, estando os espanhóis mesmo empenhados em levar a cabo a medida já em 2020.
Na Alemanha estima-se que carros a gasóleo mais poluidores sejam banidos em vários estados num futuro não muito distante.
O governo francês pretende ir ainda mais longe e proibir totalmente quaisquer carros com motor a combustão até 2040, o que em teoria dará espaço apenas a carros elétricos.
O Gasóleo, para além de ser um elemento poluidor na atmosfera, contém um gás designado por NOx (Óxido de Nitrogénio) que os cientistas dizem ser altamente cancerígeno.
De acordo com a comissária europeia da indústria, Elzbieta Bienkowska, os "carros a gasóleo estão acabados" e "são tecnologia do passado". A Comissão Europeia, um pouco motivado por uma polémica de emissão de gases da Volkswagen, quer mesmo estimular as produtoras europeias de carros a apostarem em viaturas elétricas em detrimento de carros com motor a combustão.
A Volkswagen, produtora de várias viaturas a gasóleo, viu-se envolvida há uns anos num escândalo nos Estados Unidos, onde a regulação é particularmente severa no que diz respeito ao Óxido de Nitrogénio. A marca alemã tinha inventado uma forma de enganar os testes em laboratório. O caso que remonta a 2015 obrigou a empresa a pagar vários milhares de milhões em indemnizações e quase levou a empresa à falência. 11 milhões de veículos estiveram envolvidos.