Cerca de metade dos jovens estudam profissões que ainda não existem
Para muitos jovens o futuro é agora, e a atestá-lo está o facto de que praticamente metade estuda para profissões que não foram criadas... ainda (!)
O nome das profissões a que dedicam os estudos grande percentagem dos jovens pode fazer confusão a muitas pessoas... e não é de espantar: "especialistas de interação entre humanos e robôs", "arquitetos de realidade aumentada" e "telecirurgiões" são somente alguns dos nomes dos ofícios que se prevêm existir no futuro, bem longe dos extintos, ou quase obsoletos trabalhos de "sapateiro", "telefonista de central", "acendedor de lampiões", "lavadeira" e "costureira".
A conclusão surgiu após um estudo efetuado pela reputada empresa Kaspersky Labs, na qual cerca de 40% dos inquiridos consideram estar a ser formados para uma ocupação que não existe ainda.
Jogada arriscada, ou um passo em direção ao óbvio?
Otimismo exagerado, ou medo do mercado? Poder de antecipação, ou miragem utópica? O futuro o dirá, mas a Kaspersky Labs acredita que a ousadia poderá vir a ser proveitosa de a uns anos em diante, com a veloz evolução das novas tecnologias
Cirurgiões poderão, daqui a algum tempo, operar via remota através de robôs, ou arquitetos apresentar, através de realidade aumentada aos seus clientes modelos 3D dos seus prédios. E, não menos estranho, se os robôs se tornarem uma realidade, como muitas empresas multinacionais de tecnologia de ponta tem tentado vindo a fazer por acontecer, também deverá haver espaço para especialistas de interação entre humanos e robôs.
Os 40 por cento que agora se dedicam à investigação destas matérias, podem, ser insuficientes, apesar de tudo. “É surpreendente que apenas 40% dos alunos assumam que as suas carreiras ainda não existem, uma vez que quase todas sofrerão alterações exponenciais durante os próximos 20 anos, à medida que a indústria e a tecnologia 4.0 – e especialmente a inteligência artificial – revolucionam o mundo do trabalho e as aptidões e conhecimentos necessários”, considera Steve Sully, diretor adjunto da agência de recrutamento Robert Half Technology.
É caso para dizer: "No meu tempo não era nada disto".