Raúl Castro prestes a anunciar renúncia à liderança de Cuba
O atual presidente de Cuba, Raúl Castro, está prestes a resignar-se do comando do país comunista e terminar assim com o ciclo começado pelo seu irmão, Fidel Castro, que implementou uma revolução com a ajuda de Che Guevara.
Uma pequena ilha na Caraíbas há 59 anos destituiu o ditador fascista Fulgencio Batista e proclamou uma revolução bolivariana que desafiou e pôs o mundo ocidental em cheque em plena Guerra Fria. O país foi visto como uma ameaça em particular pelos EUA, algo que teve particular ênfase na "crise dos mísseis" um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os Estados Unidos e a União Soviética e que esteve relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos na ilha das Caraíbas, alegadamente naquilo que seria uma base da URSS.
Cuba teve vários altos e baixos, sendo dos países com melhor nível de vida naquela região. Não obstante o regime, é o país com melhor índice de educação e um dos países com melhores serviços de saúde do mundo.
Com a queda da URSS o país viu-se obrigado a ter que reformular toda a sua economia, já que estava altamente dependente da União Soviética. O país mergulhou numa profunda crise, viu-se obrigado a criar senhas de racionamento para alimentação, mas entretanto conseguiu sair da fome em que começou a mergulhar promovendo o auto-emprego entre a população.
Embora o país tenha ideiais comunistas profundamente intrínsecos, permitiu alguns investimentos privados no setor do turismo, algo que continua a deixar o país na dianteira do Caribe.
Apesar da saída de cena de Raúl Castro, este pede continuidade no tipo de políticas até agora levadas a cabo pelo seu governo.