E o grande vencedor dos Óscares foi... um mexicano
A cerimónia dos Óscares foi marcada por muitos momentos divertidos e até algumas surpresas. Mas, no final foi um filme realizado por um realizador mexicano que haveria por sair vencedor da maior gala de cinema dos EUA.
Se há um ano a cerimónia dos Óscares teve um forte cunho político com vários atores e realizadores a fazerem depoimentos contra as políticas do, na altura recentemente eleito Donald Trump, a Academia este ano parece ter tido optado por seguir a mesma linha, atribuindo o prémio de melhor filme "A forma de água" do realizador Guillermo Del Toro.
O mexicano também viria a ser contemplado com o galardão de melhor realizador.
Apresentado pelo comediante Jimmy Kimmel pela segunda vez consecutiva, a gala teve vários momentos provocadores e de humor naquele que é dos momentos televisivos mais vistos mundialmente. Kimmel não perdeu aliás a oportunidade para satirizar os escândalos recentes de assédio sexual registados em Hollywood.
Para trás ficaram alguns filmes aclamados pela crítica como "Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, "Dunkirk", e "Darkest Hour".
Terá ficado Donald J. Trump, adepto de leis anti-imigração de mexicanos, ficado satisfeito com este resultado?
Lista dos vencedores da 90ª edição dos Óscares:
Melhor Filme: “The Shape of Water” (“A Forma da Água”);
Melhor Ator: Gary Oldman, em “Darkest Hour” (“A Hora Mais Negra”);
Melhor Atriz: Frances McDormand, em “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (“Três Cartazes à Beira da Estrada”);
Melhor Ator Secundário: Sam Rockwell, em “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (“Três Cartazes à Beira da Estrada”);
Melhor Atriz Secundária: Allison Janney, em “I, Tonya” (“Eu, Tonya”);
Melhor Realizador: Guillermo del Toro, “The Shape of Water” (“A Forma da Água”)
Melhor Filme de Animação: “Coco”;
Melhor Curta de Animação: “Dear Basketball”;
Melhor Curta-Metragem: “The Silent Child”;
Melhor Documentário: “Icarus” (Bryan Fogel e Dan Cogan);
Melhor Curta Documental: “Heaven is a Traffic Jam on the 405”;
Melhor Montagem: Lee Smith, em “Dunkirk”;
Melhor Filme Estrangeiro: “Una Mujer Fantástica” (“Uma Mulher Fantástica”), do Chile;
Melhor Fotografia: Roger Deakins, em “Blade Runner 2049”;
Melhor Guarda-Roupa: Mark Bridges, em “Phantom Thread” (“A Linha Fantasma”);
Melhor Caracterização: Kazuhiro Tsuji, David Malinowski e Lucy Sibbick, em ”Darkest Hour” (“A Hora Mais Negra”);
Melhor Banda Sonora: Alexandre Desplat, em “The Shape of Water” (“A Forma da Água);
Melhor Canção Original: “Remember Me” (Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez), do filme “Coco”;
Melhor Direção de Arte: Paul Denham Austerberry, Shane Vieau e Jeff Melvin, em “The Shape of Water” (“A Forma da Água”);
Melhor Edição Sonora: Richard King e Alex Gibson, em “Dunkirk”;
Melhor Mistura de Som: Mark Weingarten, Gregg Landaker e Gary A. Rizzo, em “Dunkirk”;
Melhores Efeitos Visuais: John Nelson, Paul Lambert, Richard R. Hoover e Gerd Nefzer, em “Blade Runner 2049”;
Melhor Argumento Original: Jordan Peele, em “Get Out”;
Melhor Argumento Adaptado: James Ivory, em “Call Me By Your Name” (“Chama-me Pelo Teu Nome”).