Já passaram 16 anos desde o 11 de Setembro
As teorias da conspiração contra o Governo dos EUA continuam a povoar o imaginário de muitos americanos. Hoje, milhares de pessoas são esperadas diante do World Trade Center, em memória das vítimas do ataque.
Muitos podem dizer que parece que aconteceu ontem, mas não. Foi há 16 anos que decorreu o ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001, provavelmente o evento que mais alterou o rumo do mundo nas últimas décadas.
Desde então, surgiu uma depressão económica, sucessivas crises políticas, o aparecimento de governos instáveis em todo o globo e o crescimento de partidos nacionalistas radicais.
O enfraquecimento da ONU (hoje uma instituição praticamente honorária), a eleição de Donald Trump, o aumento generalizado da xenofobia, a invasão da Crimeia por parte da Rússia, são acontecimentos que se podem ligar ao 11 de Setembro.
Foi possivelmente o evento mais mediático da história. Milhares de canais de televisão transmitiam um evento que chocava todo o mundo e que acabaria por provocar uma destabilização das instituições que regulam o mundo, onde a bolsa seria apenas o gatilho para o que se seguiria.
O romantismo dos anos 90, aquele que transmitia a ideia que toda a gente podia ser o que quisesse, que problemas como a fome e a guerra poderiam um dia deixar de existir, acabaria por esmorecer. Por vários anos as gerações mais jovens viveriam então pior do que as anteriores.
Diz a história que no dia 11 de setembro 19 terroristas sequestraram quatro aviões comerciais. Dois colidiram nas Torres Gémeas do World Trade Center. Outro embateu contra o Pentágono, numa clara afronta ao sistema militar americano. O quarto avião, por heroísmo dos tripulantes, não chegaria ao destino e colidiria na zona da Pensilvânia, sem provocar mais vítimas mortais para além das pessoas que estavam nesse avião.
As Torres Gémeas cairiam e provocariam um número terrível de fatalidades. 2996 pessoas pereceram com os ataques num dos dias mais mortíferos da história dos EUA. Mas não foram só civis que morreram. Também as forças de segurança sofreram. Foram mais 300 bombeiros e 70 polícias que morreram no ato corajoso de defender a sua pátria.
Várias crianças perderam pelo menos um dos pais. 17 bebés nasceram órfãos de pais após os ataques.
A seguir veio a responsabilização, atribuída a Osama Bin-Laden e à associação terrorista que representava - a Al-Qaeda - curiosamente, uma força paramilitar que havia sido treinada pelos EUA para combater no Afeganistão contra as forças patrocinadas pela ex-União Soviética (URSS).
A perseguição ao líder carismático da Al-Qaeda começou de forma desenfreada. Fazia lembrar um western elevado a uma escala planetária.
Bin Laden apercebeu-se que teria que se esconder para não ser assassinado pelas tropas americanas. O governo dos Estados Unidos oferecia a recompensa de 25 milhões de dólares a quem desse informações relevantes acerca da sua localização. A 13 de julho de 2007, a recompensa foi dobrada para 50 milhões de dólares.
Foi a 2 de maio de 2011 que as autoridades maiores dos Estados Unidos divulgaram que Bin Laden teria sido capturado e morto num esconderijo nos arredores de Abbottabad.
Em menos de 24 horas o cadáver foi identificado e atirado ao mar. No entanto, muitos não acreditaram na versão da história. A inexistência de uma arcada dentária, a falta de um corpo ou mesmo de fotografias do morto criaram frenesim e grandes controvérsias.
Osama Bin Laden até há bem pouco tempo antes do ataque terrorista de 11 de Setembro tinha ligações ativas com a família de George Bush. Esse é um dos motivos que levam a especulações e teorias da conspiração sobre a natureza do ataque.
No 11 de Setembro um terceiro prédio desabou sem ter sofrido qualquer impacto oriundo dos choques dos aviões. Lá, encontravam-se vários documentos incriminatórios contra uma grande multinacional norte-americana.
Muitos peritos e vários documentários advogam a ideia que o ataque do 11 de Setembro foi uma jogada política interna - um atentado simulado pelo governo dos EUA contra o próprio povo - para terem um pretexto para a invasão no Afeganistão e mais tarde no Iraque. No entanto, tal ainda não passa de especulação.
Milhares de pessoas são hoje esperadas diante do World Trade Center, em memória das vítimas do ataque. Ainda são esperadas homenagens no Pentágono, com a participação de Donald Trump, assinalando a data pela primeira vez desde que é Presidente dos EUA.