
Tribunal impede Temer de devastar ainda mais a Amazónia
O decreto do atual presidente do Brasil visava extinguir uma área florestal protegida com 46 mil hectares e abri-la à exploração privada.
Foi travado por um tribunal federal brasileiro o plano de Michel Temer de concessionar à exploração mineira uma zona protegida da Amazónia. Quem avançou para o recuo da medida foi o juiz Rolando Spanholo que afirmou: “A pretensão do Executivo Federal em extinguir (total ou parcialmente) a Renca, por meio de simples decreto e sem a prévia deliberação do Congresso Nacional é inadequada", já que segundo o magistrado obriga a participação do parlamento.
Localizada nos estados do Pará e Amapá, no Norte do Brasil, a área em causa possui mais de 46 mil hectares, sendo habitada por duas tribos indígenas e composta por sete zonas de proteção ecológica.
A Amazónia abriga cerca de 50% da biodiversidade mundial, é considerada por muitos como um dos pulmões do mundo, embora atualmente o seu papel na produção de oxigénio seja mais reduzido do que no passado.
As reservas de ouro, ferro e cobre encontradas na região há muito que chamam a atenção das grandes empresas de extração mineira, cujos interesses são representados pela chamada bancada ruralista que terão contribuído em grande medida para a não abertura de um inquérito a Michel Temer, no âmbito das acusações de corrupção.