Lua do nosso sistema solar poderá condições para albergar vida humana
Os humanos conseguirem viver noutro corpo estelar para além da Terra poderá num futuro não muito distante deixar de ser uma utopia. E o destino, ao contrário da crença popular, poderá não ser Marte, mas sim Titã, um gigantesco satélite de Saturno.
Há uma lua de Saturno que tem capacidade para os humanos viverem. O seu nome é Titã, e foi escolhido em 1955 após a sua descoberta pelo astrónomo Christiaan Huygens, em homenagem às entidades que na mitologia grega enfrentaram Zeus e os restantes deuses do Olimpo.
Agora sabe-se que este colosso do espaço, a segunda maior lua do sistema solar, tem capacidade para albergar vida humana. Titã tem um atmosfera densa e é até agora o único corpo estelar, exceptuando a Terra, onde foram encontradas provas empíricas da existência de corpos líquidos estáveis na sua superfície.
São estes os motivos que levam os cientistas a especular que a atmosfera de Titã fazem desta lua uma possível candidata a uma hipotética colonização humana, ou em alternativa um reserva de fonte de energia. Segundo a revista “New Scientist” a superfície de Titã é “extraordinariamente parecida com a Terra”, tendo uma superfície firme, água superficial e uma atmosfera espessa.
“Acho que a longo prazo, depois de Marte, Titã será provavelmente o próximo lugar mais importante em que as pessoas terão uma presença prolongada”, afirmou Ralph Lorenz, cientista planetário.
A cerca de 1,4 mil milhões de quilómetros do Sol – em comparação com os 150 milhões de quilómetros da Terra – existe, no entanto, uma enorme probabilidade de que o quer que seja enviado a Titã não possa retornado, o que implica também que qualquer energia usada pelas sondas ou outros dispositivos precise de ser gerado no próprio satélite.
Apesar do problemas logístico e tecnológico, de acordo com os cientistas, Titã deverá ter condições para gerar energia suficiente para as necessidades de uma população semelhante à dos Estados Unidos da América (300 milhões de habitantes).