Pfizer fará vacina para combater Ómicron
Apesar da empresa manifestar confiança nas vacinas atuais, pretende melhorar a eficácia contra esta estirpe.
A informação foi avançada na passada segunda-feira pelo diretor executivo da empresa, Albert Bourla. O mesmo informou ainda ao canal americano CNBC que estas deverão estar prontas em março e que já começaram a ser produzidas as primeiras doses para atender a uma demanda que deverá satisfazer as necessidades de alguns países.
"Temos a esperança de alcançar algo que ofereça uma proteção muito melhor, particularmente contra infeções, porque a proteção contra hospitalizações e doenças graves é razoável com as vacinas atuais, desde que tenha sido administrada uma terceira dose", afirmou Albert Bourla.
Entretanto, a Agência Europeia do Medicamento informou também, na passada segunda-feira, que está a ponderar sobre uma eventual autorização do medicamento Paxlovid, também da Pfizer, e que tem como objetivo tratar os casos ligeiros da doença. Isto numa altura em que vários países em África têm menos de 1% das pessoas vacinadas.
Ao ritmo atual, África só deverá ter 70% da população vacinada em 2024, informou a Organização Mundial de Saúde, que por diversas vezes tem criticado a falta de solidariedade entre países no que diz respeito à pandemia. O facto de haver uma grande parte da população do globo sem vacina faz com que ocorram cada vez mais mutações e possam surgir cada vez mais variantes. Ultimamente mais duas tem alarmado os cientistas, uma proveniente em França e outra detetada no Chipre, a que já estão a apelidar de Deltacron, por ser uma mistura entre a variante Delta e o Ómicron.