Poderá haver um ano sem Covid-19 sem solidariedade internacional?
Vacinação nos países pobres continua baixa e a probabilidade de surgirem mais variantes da Covid-19 é cada vez mais alta.
Chegaremos a uma situação em que deixarão de haver letras do alfabeto grego para designar as futuras variantes? E o que poderá isso querer dizer para o futuro da humanidade?
Dados compilados pelo jornal "Público":
Neste momento, a falta de solidariedade internacional está a fazer com que vários dos países mais ricos do mundo tenham já vacinado duas vezes os seus cidadãos e nalguns já pensa na terceira dose. Estas medidas mais urgentes têm a ver com as variantes que têm surgido em catadupa em países onde as taxas de vacinação remanescem baixas.
É que há demasiados países onde a taxa de (uma) vacinação não chega sequer aos 30%. Era até há bem pouco tempo o caso de Angola, que só superou ligeiramente as 30 vacinas por cada 100 habitantes a 9 de dezembro deste ano.
Mas Angola até é um caso de relativo sucesso em África. A Etiópia, com 115 milhões de habitantes, tem só 8,9% de percentagem de pessoas vacinadas neste momento. São só sensivelmente 9 pessoas vacinadas uma única vez em cada 100. A Tanzânia tem apenas 1,5% das pessoas totalmente vacinada.
Outros países com menos de 3% de vacinação são, por exemplo, a Nigéria, Mali, Niger, Sudão do Sul, Burkina Faso, Iemen, Uganda, e Jibuti.
Estas informações podem ser verificadas no reputado site estatístico "World Data".
África tem ao todo, sensivelmente, segundo dados de 2016, 1,2 mil milhões de habitantes. Em 2021 há mais de cinco mil milhões de habitantes a viver em países de terceiro mundo.