Marcelo fala da crise nos combustíveis
“Vamos esperar que isto não seja para durar para além de seis meses”, disse presidente da República.
Presidente diz que aumento do preço dos combustíveis é “preocupante para as famílias" e que o Governo aguarda luz verde de Bruxelas para tomas medidas sociais para as famílias e empresas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que o aumento do preço dos combustíveis é “preocupante” e admite que o problema possa durar pelo menos seis meses, com o Governo a aguardar luz de Bruxelas para tomar medidas de apoio às famílias e às empresas.
“Vamos esperar que isto não seja para durar para além dos seis meses. Mas, para o caso de durar, há problemas de fundo que têm de ser resolvidos pela comunidade internacional”, disse o chefe de Estado português aos jornalistas, à margem de uma visita a Valongo, onde participa na conferência “Fundos Confederação: o Minho e a Galiza”, considerando que o elevado preço dos combustíveis é “preocupante para as famílias, atravessa toda a sociedade portuguesa, atravessa toda a sociedade europeia e atravessa muitas economias do mundo”.
Para responder ao problema, Marcelo Rebelo de Sousa defende que “é preciso que a comunidade internacional se reúna, e a União Europeia está a trabalhar nisso, para trabalhar além de abril”.
“Os governos com a luz verde da Comissão Europeia estão a começar a estudar e à aplicar aos poucos, primeiro em pequenino e depois vendo as necessidades, medidas de apoio social. Baixas de impostos, apoios aqueles que precisam, sejam famílias sejam indústrias”, afirmou Marecelo, notando que “não há arranque económico com os combustíveis a subirem sucessivamente“.
“É fundamental para toda a Europa, não é um problema de um país só, é um problema de muitos países europeus e fora da Europa. Se se quer virar a página da pandemia e da recuperação económica, uma peça fundamental é o preço da energia”, reiterou o Presidente da República, alertando que o tema da subida do preço dos combustíveis “vai dominar as próximas semanas e os próximos meses até à Primavera”.
Este fim de semana, o Governo decretou a descida do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) em dois cêntimos por litro na gasolina e um cêntimo no gasóleo. Contudo, esta segunda-feira, a gasolina e gasóleo aumentaram um cêntimo e meio por litro, o que praticamente anulou a descida decretada pelo executivo.
Quanto a medidas que possam ser tomadas nesta fase, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que os governos europeus, incluindo o Governo português, estão a aguardar mais indicações por parte da União Europeia, antevendo que “os governos, com luz verde da Comissão Europeia, vão tomar, progressivamente, medidas de apoio social às famílias e às empresas”, nomeadamente a diminuição de impostos.
O Presidente da República sublinhou a necessidade de “flexibilidade” por parte de Bruxelas, para que cada executivo possa tomar as medidas necessárias para conter o aumento de preços nos combustíveis, até porque “todos estão a sentir o mesmo problema”.
“Cada país pode ir avançando, mas temos de perceber que há um quadro europeu que existe e esse quadro europeu implica que todos trabalhem com todos”, rematou