
Task force reconhece falta de vacinas para responder aos agendamentos
O Governo está a negociar com a Comissão Europeia e alguns Estados-membros para que Portugal receba antecipadamente mais doses de vacina contra a covid-19 da Pfizer.
A 'task force' da vacinação reconheceu hoje a falta de vacinas para responder à elevada procura dos autoagendamentos de pessoas mais novas, mas salientou que continuam a ser administradas entre 100 e 110 mil doses por dia.
"Nesta fase, e embora se continue a inocular cerca de 100 a 110 mil vacinas por dia, existe, também face à necessidade de cumprir com as segundas doses, uma rarefação de vacinas, que limita a capacidade de corresponder à enorme afluência ao processo de vacinação nestas faixas etárias mais novas”, adiantou à Lusa fonte da estrutura que coordena a logística da vacinação.
Perante isso, a 'task force' liderada por Gouveia e Melo reconheceu que, em alguns dos cerca de 300 centros de vacinação covid-19 disponíveis em Portugal continental, “possa, momentaneamente, existir algum atraso no processo de agendamento”.
“As vagas para agendamento disponíveis no portal são geridas de acordo com uma matriz, elaborada em função da disponibilidade de vacinas e da capacidade de vacinação dos locais”, explicou ainda a mesma fonte.
Hoje, a ministra da Saúde anunciou que o Governo está a negociar com a Comissão Europeia e alguns Estados-membros para que Portugal receba antecipadamente mais doses de vacina contra a covid-19 da Pfizer.
Na terça-feira, o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 avançou que as vagas para o autoagendamento estão esgotadas em alguns concelhos, devido à elevada procura face ao número de vacinas disponíveis.
“O país tem concelhos diferentes com capacidades diferentes. Há sítios em que já se esgotaram as vagas que havia para o autoagendamento e há outros sítios em que não se esgotaram”, afirmou Henrique Gouveia e Melo, após ter sido homenageado em Vila Real.
Segundo o coordenador da 'task force' da logística da vacinação, que não especificou os locais onde as vagas para o autoagendamento estão esgotadas, “não há vacinas para vacinar milhões de pessoas”.
“As pessoas que chegaram primeiro ao autoagendamento estão à espera de serem vacinadas. Depois destas pessoas serem vacinadas, abrirá novamente outras vagas para outras pessoas serem vacinadas”, assegurou o vice-almirante.
Lusa