Sandra foi operada a um cancro da mama no dia em que foi mãe
Sandra teve “vida e morte a crescer” dentro dela.
Sandra é advogada, tem 40 anos e descobriu que tinha cancro quando estava grávida.
Enquanto tomava banho descobriu um nódulo na axila. Fez exames para perceber se poderia ser algo grave. Passado mais ou menos um mês de saber que estava grávida, foi diagnosticado a Sandra cancro da mama já com metástase ao nível da axila. Com 11 anos de descontos para a caixa de previdência dos advogados, a advogada está sem qualquer apoio durante a doença e enquanto estava grávida.
Na primeira fase da doença, Sandra submeteu-se a tratamentos de quimioterapia mais agressivos, sempre com o bebe muito bem monitorizado, podendo dizer-se que foi um milagre da medicina.
A advogada fazia quimioterapia todas as semanas e sem qualquer tipo de apoio à doença. Segundo exames médicos o bebé estava a desenvolver-se bem durante os tratamentos. Nos dias seguintes ao da quimioterapia uma simples corrente de ar poderia comprometer duas vidas: a sua e a de Rafael, o seu primeiro filho.
Devido aos paradoxos da lei, Sandra não tem direito a baixa médica. A recente mãe não pode descontar para a segurança social porque é advogada por conta própria, ou seja, profissional liberal. A lei diz que como tal é obrigada por lei a descontar apenas para a sua caixa, a caixa cujo os estatutos não contemplam a baixa médica.
Sandra percebeu que a medicina está avançada desde o momento em que é possível tratar do seu problema de saúde e ao mesmo tempo a sua gravidez decorrer de forma plena.
Rafael esteve sempre saudável no seu “cantinho”. A advogada foi mãe no dia de ontem, dia em que passou a grande reportagem no canal televisivo, TVI.
O nascimento de bebé foi marcado pelos médicos. Sandra não podia entrar em trabalho de parto, estava frágil de mais para isso. Foi realizada uma cesariana com epidural para o nascimento de Rafael, o que vai permitir a esta mãe estar acordada e ver por breves segundos o seu filho.
A operação ao cancro da mama foi feita de imediato após o parto. “Não existe necessidade de um intervenção radical (…) extração do que resto do tumor tanto na mama como na axila. Será uma cirurgia conservadora” - relata a advogada à TVI.