O aumento da procura deste serviço faz com que o governo tome a posição de reabrir oficinas para recuperação de comboios. Para isso, e inserido no projeto do governo, o pólo da EMEF de Guifões poderá abrir novamente. Em 1993 era uma oficina de grande reparação de material circulante, mas em 2011 encerrou, numa altura em que se decidiu recorrer ao aluguer de automotoras espanholas.

Aliás, o objetivo de curto prazo é acabar com o aluguer de material espanhol, mas a estratégia visa relançar a indústria ferroviária nacional e apostar na criação de um comboio português.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação pretende também criar um centro tecnológico ferroviário para relançar esta indústria no país e criar um comboio português. No entanto, esta medida poderá ter de esperar, visto que agora o que interessa é garantir que a montagem dos 22 comboios regionais que a CP vai comprar seja realizada em Portugal nas oficinas da empresa pública.

Carruagens Shindler — que chegaram a ser usadas como comboio turístico na linha do Douro — locomotivas a diesel e comboios suburbanos da linha de Sintra são algumas das composições que devem ser recuperadas. O projeto prevê, igualmente, modernizar antigas carruagens Sorefame (para reforçar a frota dos Intercidades) e as automotoras de via estreita da linha do Vouga.