Morreu Agustina Bessa-Luís
Escritora tinha 96 anos.
Doente há mais de uma década, com o seu estado de saúde a agravar-se nos últimos tempos, Agustina Bessa-Luís morreu hoje na cidade do Porto. Morre, mas a sua obra ecoará pelos mais longos tempos da literatura portuguesa.
Nascida a 15 de outubro 1922, a autora deixa obras como A Sibila, Fanny Owen, O Mosteiro, Vale Abraão, Deuses de Barro e Dentes de Rato.
O corpo de Agustina vai estar em câmara ardente na Sé Catedral do Porto a partir das 10h30 horas de amanhã, dia 4, onde às 16 horas serão celebradas Exéquias Solenes, por D. Manuel Linda, bispo do Porto, seguindo depois para o Cemitério do Peso da Régua, onde será sepultado em família.
Nascida em Amarante, Vila Meã, a região marca fortemente a infância e a adolescência da escritora, notando-se fortemente na sua obra. Estreia-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, mas é em 1954, com o romance A Sibila, desde então sucessivamente reeditado, que se impõe como uma das vozes mais importantes da ficção portuguesa contemporânea.
O Governo, por indicação do primeiro-ministro, António Costa, decretou para amanhã um dia de luto nacional pela morte da escritora.