Subir o custo do MBWay, ou como fazer uma má jogada de marketing
O BPI decidiu, contra aquilo que é comum nos outros bancos portugueses, taxar um valor muito superior todas as transferências realizadas através de MBWay. Poderá a instituição ter criado um precedente para as restantes entidades bancárias?
De 0,20€ para 1,20€. O BPI não parece muito interessado em facilitar a vida ao SIBS, organismo que tutela a famosa plataforma virtual de pagamentos MBWay.
O QUE É O MBWAY, AFINAL?
O MBWay é uma aplicação que tem ajudado a descomplicar a vida de inúmeros portugueses, ao permitir a criação de pagamentos de serviços e compras, gerar cartões de crédito virtuais, auxiliando os utilizadores a realizar pagamentos seguros na internet e fazer transferências de dinheiro.
A aplicação estava a ser usada por cada vez mais portugueses, mas agora pode ser posta em causa com a atitude do BPI. É que o seu uso agora acarretará despesas que poderão não fazer sentido para quem a usa de forma muito frequente para frazer transferências.
No passado recente o BPI apenas se cobrava de 0,20€ por cada transferência intra ou interbancária, mas agora cobrará mais 1€. Esta informação espalhou-se de forma vertiginosa pela internet causando indignação. Muitos utilizadores da plataforma encontram-se preocupados que o modelo implementado pelo banco privado seja adoptado na mesma proporção por outros bancos.
Contrariamente à opinião pública generalizada, apenas o banco Santander Totta, no entanto, permite as transferências MBWay de forma completamente gratuita. Apesar disso, a maior parte dos outros bancos cobram um valor residual nestas operações. A Caixa Geral de Depósitos cobra-se de 0,20€ e o Novo Banco 0,15€, por exemplo.
A excepção neste domínio é o BCP que cobra 1,35€.
A SIBS que tutela o MBWay esclarece que “as condições comerciais de prestação dos serviços aos clientes são definidas pelos bancos emissores” e que não é responsável pela subida do valor.
BPI - TAXAS MAIS ALTAS PARA OS CLIENTES
O BPI decidiu aumentar significativamente várias das suas taxas bancárias. Por exemplo, agora, um cliente do banco será cobrado 0,34€ por mês para manutenção das contas de serviços mínimos bancários, até há pouco gratuitas.
Depositar moedas nos balcões irá também ficar mais caro. Os depósitos entre 50 e 100 moedas irão custar 2,50 euros. Já um depósito acima de 100 moedas terá, de agora em diante, um custo de cinco euros, um aumento de 1,5€ em relação ao preço anterior.
O talão de levantamento de cheques ao balcão passará a ter o custo 4,75€ , um aumento de 1,25 euros face ao valor anterior de 3,5 euros.