Peso das mochilas é uma preocupação
O peso das mochilas escolares ainda continua excessivo para as crianças.
O Governo assegura que tem seguido a recomendação da Assembleia da República para reduzir o excesso de peso das mochilas.
Há um ano, o Parlamento aprovou, por unanimidade, um conjunto de advertências o governo para reduzir o peso das mochilas escolares. Mas com o novo ano letivo à porta, as criticas permanecem.
"Continua tudo exatamente na mesma. As crianças continuam como burros de carga, a carregar peso excessivo às costas, o que é um atentado à saúde das crianças e jovens deste país", lamenta José Wallenstein, o primeiro subscritor da petição que reuniu mais de 50 mil assinaturas e fez chegar o assunto à Assembleia da República. "Uma irresponsabilidade total do Governo, e do ministro da Educação em particular, por se estar a marimbar para as crianças e jovens deste país", censura.
Numa nota enviada à redação, o Ministério da Educação destaca a "promoção, através da flexibilidade curricular, de aulas e metodologias não-centradas no manual escolar, cuja gestão permite muitas vezes a dispensa do seu uso".
A tutela menciona ainda a "promoção do uso de recursos digitais a partir deste ano letivo, com a concessão a todos os alunos dos 1.º e 2.º ciclos de licença para acesso a recursos digitais educativos".
O Governo responde após José Wallenstein, primeiro subscritor da petição contra o excesso de peso das mochilas, ter criticado a inação do executivo.
Quanto ao peso das mochilas, Filinto Lima garante que muitas delas pesam mais de 10 Kg.
Segundo um estudo da Deco, mais de 65% das crianças portuguesas transportam mais do que os 10% do seu peso corporal, o limite máximo aconselhado pela Organização Mundial de Saúde.
Também os diretores escolares salvaguardam que é necessário tomar mais medidas para reduzir a carga das mochilas.