Começou há 32 anos. Na altura Teresa Lago era ainda uma dos três únicos astrónomos profissionais em Portugal. O auge da profissão no nosso país afigurava-se portanto longe, mas a determinação e o esforço de pessoas como Teresa Lago tornaram-na agora em mais um motivo de orgulho nacional.

Atualmente são várias as dezenas de pessoas que se dedicam  à astrologia em Portugal numa altura que o nosso país é definitivamente uma voz a ter em consideração.

O ponto de viragem terá sido, dizem os especialistas, a criação do Observatório Europeu do Sul, organismo que permitiu o acesso de investigadores lusos a tecnologia de ponta e aos mais avançados telescópios do mundo.

Ora, foram essas conquistas progressivas que ajudaram Teresa Lago e muitos portugueses a estarem na vanguarda e integrarem equipas que nos últimos anos sucessivamente vem descobrindo factos científicos bastante promovidos pela comunidade internacional, tais como, por exemplo, a detecção de planetas extra-solares.

A portuguesa começou a dar cartas liderando algumas destas equipas e foi nesse contexto que se tornou numa figura cada vez mais proeminente, até ao ponto de se tornar na  secretária-geral da União Astronómica Internacional (UAI).

A UAI da qual Teresa Lago foi eleita como secretária-geral para um mandato de  3 anos tem mais de 13.000 membros espalhados por  cerca 100 países. 

Já escolheu o tema que irá dar maior preferência: a inclusão, algo que no seu entender apenas pode fortalecer os resultados das instituições. “Para fazer ciência é preciso haver condições. E essas condições não existem às vezes. São muito diferentes de país para país. Há os que nascem no berço já feito, fofinho, preparado, e há aqueles que vão ter de preparar a cama onde se vão deitar”, avisa.  

Teresa Lago assume assim funções a partir de hoje.