Para resolver o problema dos alunos que estão a fazer exame sem saber as notas, devido à greve dos professores às reuniões de avaliação que está a decorrer, o Ministério da Educação decidiu equiparar estes estudantes a autopropostos. Caso venham a ter negativa na nota interna, quando as pautas forem afixadas, a nota do exame valerá 100%.

A medida, que já é aplicada aos alunos autopropostos que vão a exame sem notas internas atribuídas pelas escolas, por terem anulado as matrículas ou não terem frequentado as aulas, por exemplo, foi avançada na edição de quinta-feira pelo jornal "i" e confirmada, à noite, ao jornal Público.

Em declarações ao Público, o secretário de Estado da Educação, João Costa, terá defendido que o ministério pretende "garantir aos alunos os direitos previstos na legislação sobre os exames".

Assim, para os alunos do 11.º e 12.º que estão a fazer exames, com estatuto condicionado por não saberem as notas internas, por causa da greve dos professores, e venham a ter negativa quando forem afixadas as pautas, a nota do exame vai valer 100%, tal como acontece com os autopropostos. Por exemplo: um aluno que venha a saber que tem 8 de nota e consiga 10 no exame, passa com essa nota, mesmo tendo chumbado na avaliação interna. Para os outros alunos a prova vale 30% da nota final.

O Ministério da Educação já havia divulgado que cerca de um quarto dos alunos está a fazer exames sem saber as notas por causa da greve dos professores.

Por lei, as notas dos exames não podem ser divulgadas antes das internas, dadas pelos professores. O calendário escolar agendou para 12 de julho a afixação das pautas dos exames, mas como há pré-avisos de greve até dia 13 e até 31 de julho, no caso do Sindicato para Todos Os Professores (STOP), este prazo corre risco de ter de ser adiado e as notas saírem mais tarde. As candidaturas ao Superior arrancam no dia 18.

Fonte:JN