Vera Nunes marcou pontos na Wings for Life World Run 2018. Esta é uma corrida global sem meta, que se realiza precisamente à mesma hora em dezenas de cidades do mundo. A prova tenciona angariar fundos para a investigação da cura das lesões da espinal medula.

A portuguesa é campeã global com 53,78 quilómetros percorridos até ser apanhada pelo carro-meta, e Luís Pereira cumpriu a prova de Taiwan. Duas grandes vitórias de um país que, abandonou o roteiro da Wings For Life enquanto prova organizada.

A prova solidária reúne mais de 100 mil pessoas em 200 localidades de 66 países. Vera sobressaiu em Munique. "Ser a primeira mulher do mundo era honestamente um objetivo que perseguia há muito, mas que não acreditava ser possível alcançar já este ano", referiu a atleta do Sport Lisboa Benfica, de 38 anos de vida e 30 de atletismo, que se sangrou campeã em 2016, a última Wings For Life organizada em Portugal, no Porto.

Com surpresa, Vera venceu em Munique, depois de muito esforço. "Estava a recuperar da Maratona de Cracóvia, que fiz há duas semanas, e por isso tive alguma contenção", comentou. Humilde, revê as provas de mulheres como Nikolina Sustic, Elise Molvik, Yuuko Watanabe, Dominica Stelmach, Kaori Yoshida que bateu o recorde até hoje de 65,71 km.

O carro-meta sai da partida 30 minutos depois dos corredores a 15 km/h e aumenta a velocidade até 35 km/h, e manda parar os atletas que encontra -  é a segunda vitória global de Aron Anderson. É sueco e é paraplégico como aqueles que a Fundação Wings For Life quer ajudar, e correu 89,85 km em Sunrise, nos Estados Unidos. No ano passado, vencera o calor do Dubai percorrendo 92,14 km.

Muitos outros atletas reuniram-se no Jamor e correram pela causa com ajuda da aplicação Wings For Life.