Marcelo diz que se não houver acordo para o OE convoca eleições
O PS tem estado num conflito aberto com os restantes partidos de esquerda acerca das metas do défice. A faltar ainda 8 meses (!) o Presidente da República já parece antever uma cisão incontornável entre as partes envolvidas e não descarta a possibilidade de marcar eleições antecipadas.
Bloco de Esquerda e PCP querem fixar a meta do défice para o próximo ano em 1,1%, mas Mário Centeno, ministro das finanças e o PS desejam um valor de 0,7%.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, militante do PSD, de passagem pelo nosso país, entre as viagens a França e ao Egipto, deixou um aviso: ou existe um acordo para o Orçamento do Estado de 2019, ou o seu chumbo implica eleições antecipadas.
Mas Marcelo alega preferir que não tenha que agir nesse sentido.
“O Presidente da República limita-se a recordar o óbvio, isto é, que considera, como sempre considerou, a normal conclusão da legislatura como muito importante para Portugal e que prefere, portanto, não ter de intervir na sequência da votação do Orçamento a não ser para o promulgar”, disse.
“É certo que os debates prévios sobre os sucessivos programas de estabilidade e orçamentos têm, ano após ano, grande intensidade e que o do Orçamento para 2019, que é um ano eleitoral – tinha-o já prevenido há meses – iria ser ainda mais intenso. Tenho, porém, a certeza de que todos os intervenientes estão conscientes de que não faz sentido que o processo prive Portugal de orçamento aprovado em termos de entrada em vigor a 1 de Janeiro de 2019”, concluiu.