Os primeiros dias de chuva constituem um perigo para os condutores. Nesta altura, acontecem as primeiras derrapagens, “toques” e acidentes. E porque é que isto sucede?

Existem dois factores que contribuem para o maior número de acidentes nesta altura do ano: a redução da aderência dos pneus e uma falha no cálculo da distância de segurança dos condutores.

Segundo um estudo levado a cabo no Reino Unido, de um total de 4 milhões de acidentes, mais de 53 mil acidentes tiveram origem, nesta altura do ano, em estradas escorregadias.

A alteração na capacidade de aderência e o subsequente efeito menor na fricção superficial fazem com que os pneus deixem de ter a normal capacidade de se "segurarem". Uma vez perdida a textura do pavimento a aderência fica mais fraca.

A sujidade também desempenha um papel importante, no que concerne à aderência, até ao momento em que os resíduos superficiais começam paulatinamente a desaparecer, com o acumular das chuvas.

A maioria das estradas é projectada com uma curvatura convexa de forma a garantir o escoamento das águas, permitindo a saída da água da superfície da estrada. É por isso que os problemas deste género acontecem geralmente nas entradas e saídas de curvas externas.

Uma forma de contornar este problema é reduzir a velocidade, pois o pneu tem uma capacidade limitada de escoar a água, se circular excessivamente depressa na água. No entanto, em primeira instância os condutores devem procurar fendas ou cortes nas paredes laterais dos pneus, verificar a pressão e utilizar a recomendada pelos fabricantes do veículo. 

Os pneus mais estreitos têm menos tendência à aquaplanagem. Se tiver um veículo mais recente, saiba que provavelmente o seu carro possui um sistema de controlo eletrónico de estabilidade, de qualquer forma, evite passar sobre lençóis de água.