Doze portugueses mortos em acidente entre minibus e camião em França
Doze portugueses morreram quando o minibus onde viajavam colidiu com um camião, na quinta-feira à noite, em Allier, no centro de França. As vítimas têm entre 7 e 63 anos, entre elas uma menina de 7 anos que viajava com os pais. Os mortos são de Viseu, Oliveira de Azeméis e Guarda.
O minibus viajava da Suíça para Portugal, quando o acidente aconteceu, poucos minutos antes da meia-noite, perto de Lyon. Os portugueses tinham partido da região de Lausanne pelas 20 horas locais e deslocavam-se para Portugal passar o fim de semana da Páscoa.
Já em Moulins, no departamento de Allier, no centro de França, a carrinha desviou-se para a faixa da esquerda da estrada nacional 79 (EN79) e colidiu com o camião, que não conseguiu evitar o choque frontal.
Entre as vítimas está uma menina de 7 anos que viajava com os pais, naturais de Cinfães do Douro. Já o condutor do minibus e os dois condutores italianos do camião sobreviveram ao acidente, mas ficaram feridos. O condutor da carrinha, um português de 19 anos, fraturou um pulso. Fez exames e não acusou álcool no sangue, segundo disse fonte judiciária à agência France Press.
Além da família da freguesia de Espadanedo, Cinfães do Douro (um casal de 39 e 28 anos e a filha de 7), há também, entre as vítimas, um indivíduo da freguesia de Travanca, distrito de Viseu.
Um homem de 48 anos, natural de Fajões, Oliveira de Azeméis, que trabalhava na Suíça na área da construção civil, está também entre as vítimas mortais. Segundo o JN conseguiu apurar, haverá ainda mais duas vítimas desta freguesia. Outras três vítimas serão naturais de Trancoso, Guarda.
O local onde ocorreu o acidente é considerado "um ponto negro". Segundo um representante das autoridades locais, a EN79 tem um limite de velocidade de 90 quilómetros por hora. "A estrada é muito monótona. Alguns condutores ficam impacientes e alguns adormecem. Há poucas oportunidades para ultrapassagens", disse.
Aliás, e ainda segundo a mesma fonte, há décadas que se tem discutido a construção de uma estrada alternativa à EN 79. O grande número de acidentes levou à criação de um grupo na rede social Facebook, que defende a passagem de duas para quatro faixas.
Um edifício camarário foi usado como morgue temporária. Entretanto, os corpos foram transferidos para o centro hospitalar de Moulins, no departamento de Allier.
"A capela ardente e os corpos das 12 vítimas foram transferidos para o centro hospitalar no número 10 avenue du Général de Gaulle, em Moulins", lê-se no comunicado da prefeitura de Allier.
No documento acrescenta-se que "as famílias serão recebidas no centro hospitalar pela célula de emergência médico-psicológica composta por médicos, psicólogos e enfermeiros intérpretes" e que no local está também uma "associação de ajuda às vítimas para apoiar as famílias e para garantir o alojamento".
Perto de 60 bombeiros, seis equipas dos serviços de emergência franceses, cerca de 20 polícias e agentes da direção interdepartamental de estradas foram mobilizados para o local do acidente, onde constataram os óbitos.
Fonte: JN