
Oficiais da Justiça de Santo Tirso em protesto
Greve parcial de uma hora diária durante 30 dias para reivindicar entrada em vigor do novo estatuto profissional.
Em Santo Tirso, cerca de uma dezena de funcionários judiciais estiveram, na manhã desta segunda-feira, concentrados em protesto à porta do Tribunal. A greve nacional, convocada pelo sindicado, exige um estatuto profissional que garanta "justiça para quem nela trabalha”.
O papel dos oficiais de justiça é essencial ao funcionamento do sistema judiciário, desempenhando funções de grande complexidade e responsabilidade. Os funcionários dizem estar há vários anos a assistir a “um total desinvestimento nos Tribunais por parte do governo".
Segundo António Cabral, coordenador da comarca do Porto do Sindicado de Funcionários Judiciais, a luta pelo estatuto profissional tem sido acompanhada de sucessivas promessas sem qualquer tipo de resultados: "Continuamos a lutar pela concretização de medidas que já foram aprovadas em 2020 pelo Orçamento de Estado, como o direito a um suplemento remuneratório e a um estatuto de aposentação que nos beneficie pelo trabalho feito para além do horário legal. Não temos banco de horas e as horas extras que trabalhamos não são pagas".
"Também nos debatemos há vários anos com a falta de pessoal e com a falta de condições de trabalho. As pessoas estão cansadas porque é uma luta constante”, continuou.
A paralisação de uma hora diária de trabalho, entre as 10h e as 11h, deverá terminar em meados de junho.