Seis anos de prisão para homem que ateou fogos na serra da Agrela
Tribunal não considerou provado que o incendio que vitimou dezenas de animais em canis ilegais tenha sido provocado pelo arguido.
Um homem foi condenado na manhã desta quinta-feira a seis anos de prisão efetiva pela autoria de quatro crimes de incêndio.
O eletricista de 29 anos, residente em Valongo, estava acusado de atear 62 incêndios no distrito do Porto, um dos quais matou dezenas de animais em dois canis de Santo Tirso. No entanto, esse fogo não esteve na origem da condenação, uma vez que nesse dia deflagraram mais seis incêndios naquela zona e o tribunal considerou não haver prova direta da ligação do arguido a esse incêndio em concreto.
Foi dado como culpado por apenas quatro incêndios florestais nos concelhos de Valongo e Paredes, que resultaram numa área ardida de 1,5 hectares.
O suspeito, com antecedentes criminais por ilícitos desta natureza, foi detido no ano passado pela Polícia Judiciária e ficou em prisão preventiva. Trabalhava como eletricista, mas isso não impedia "a constante circulação, de dia e de noite, nas zonas florestais, efetuando múltiplas manobras evasivas e condução errática, presumivelmente para despistar as autoridades", informou a PJ em comunicado aquando da sua detenção.
O caso da serra da Agrela está a ser alvo de processo autónomo que corre no Tribunal Santo Tirso e diretamente relacionado com maus-tratos aos animais.
Foto: Ivo Pereira / Global Imagens