Tirsense foi expulso de casa e desconhece o paradeiro dos seus bens
O lesado, expulso da sua própria habitação por um sobrinho, diz-se surpreendido ao saber que a casa se encontrava à venda.
Alberto Sousa, natural de Santo Tirso, foi expulso pelo próprio sobrinho da habitação onde sempre viveu, na freguesia de Roriz. Sem que nada fizesse prever, o interior da casa foi destruído e o lesado viu-se desapossado de tudo o que lá constava, incluindo os seus bens pessoais.
Depois de acionada a GNR, o caso foi remetido ao Tribunal de Santo Tirso que ordenou a restituição da habitação e dos pertences do sexagenário que, entretanto, desapareceram.
“Após o tribunal ter decretado a restituição da habitação ao meu cliente, fomos lá com o agente de execução e com a GNR, mas encontramos o interior do imóvel destruído”, adiantou o advogado Hernâni Gomes à Santo Tirso TV. O mandatário de Alberto Sousa reitera, ainda, que enquanto estava a negociar uma solução consensual com Hugo Mendes, representante do sobrinho do seu cliente, “mudaram a fechadura”, impedindo-o de entrar na habitação.
A habitação em causa foi doada por Alberto Sousa, há cerca de 20 anos, ao sobrinho, com o qual convive desde que este era criança. À época, Alberto doou a casa sob uma condição, acordada verbalmente entre ambos, segundo a qual poderia habitar num compartimento no rés do chão até ao final da vida, mediante o pagamento de 100 euros por mês para ajudar nas despesas.
No entanto, o acordo não vingou e, no final do ano passado, o inquilino acabou por vender a casa, aproveitando uma ausência do tio para a invadir, removendo tudo do interior. Alberto Sousa está agora a viver em casa de uma irmã.
Segundo avança o Jornal de Notícias, Hugo Mendes, advogado do sobrinho de Alberto Sousa, diz que o cliente “não realizou qualquer tipo de despejo” e indica que este “já não é proprietário” do imóvel em causa, “pelo que desconhece a existência de qualquer tipo de obras”.
Foto: JN