O Mosteiro de Santa Escolástica em Roriz, concelho de Santo Tirso, alberga uma Comunidade Religiosa constituída por Monjas Beneditinas que, entre o recolhimento e os momentos de oração, se dedicam ao fabrico de doçarias. Estas sempre foram uma das fontes de sustento do moderno Mosteiro, fundado em 1937. Porém, a crescente profusão de confeitarias tornou inviável o fabrico de certos doces mais elaborados e dispendiosos. Sobreviveram, no entanto, as famosas bolachas de Santa Escolástica, confecionadas há mais de 70 anos. Frescas e crocantes, “as bolachas são feitas diariamente por uma equipa de duas irmãs, responsáveis pela confeção, em conjunto com uma terceira senhora que trabalha no Mosteiro. Têm aproximadamente 6 meses de validade dentro das caixas” – explica-nos a Irmã Maria do Carmo, Madre Superiora do Mosteiro de Santa Escolástica.

A pandemia passou ao lado desta 'joia da coroa', que vai resistindo ao tempo. A quebra nas vendas não foi, por isso, significativa: “A procura diminuiu, claro, mas só mais recentemente, por causa do confinamento. Dantes, mesmo com todas as restrições, continuámos a vender muitas bolachas e na altura do Natal foi exatamente igual aos outros anos. Reunimos todas as condições para que os clientes possam continuar a vir ao Mosteiro, em segurança", destaca a Madre Superiora. Totalmente confecionadas à mão, sem recurso a máquinas, as bolachas não levam qualquer tipo de conservante ou corante. O único aditivo é, tão simplesmente, essência de amêndoa.

Com uma apresentação agradável e sete sabores diferentes – dos rochedos às lagartas, maizenas, areadas, pão de amêndoa e sablé, a par dos bolinhos de mel - esta é uma escolha certeira para oferecer como presente em variadas situações. Delicadas e pouco doces, as bolachas da Santa Escolástica acompanham bem um chá, um café ou um licor, como é o exemplo do vizinho – e também beneditino – Mosteiro de Singeverga.

Imagens: Município de Santo Tirso