
Escola de Condução "A Desportiva" encerra após insolvência
São já mais de 300 as pessoas que se dizem burladas pelo grupo que detinha uma escola em Santo Tirso.
O grupo de escolas de condução “A Desportiva” entrou em processo de insolvência. Sem qualquer aviso prévio ou comunicação que indicasse este desfecho, os alunos das escolas de Santo Tirso, Gaia, Porto, Espinho e Gondomar apenas tomaram conhecimento da situação quando, no dia 4 de janeiro, se dirigiram à escola para as habituais aulas e as instalações se encontravam encerradas. Desde então, o silêncio por parte do grupo “A Desportiva” mantém-se.
Os lesados criaram um grupo no Facebook chamado “Lesados Escola de Condução Desportiva” e, em menos de 24 horas, eram já mais de 300 as pessoas a reclamarem o seu dinheiro naquela página. Os alunos sentem-se burlados e afirmam não saber o que fazer, porque mesmo ciente da má situação em que se encontrava, a empresa continuava a aceitar inscrições.
Contactados pela Santo Tirso TV, sem qualquer sucesso, os responsáveis do grupo “A Desportiva” continuam sem prestar qualquer declaração à comunicação social. Até ao momento, a empresa apenas emitiu um comunicado online a confirmar que tinha entrado em insolvência. Na sua página da internet, "A Desportiva" informa que, "na sequência da Assembleia de credores de Samuel Alves Pinto & Filhos Lda. do pretérito dia 17.12.2020, e embora não tenha havido ainda decisão de encerramento definitivo, o que é facto é que com o despedimento dos seus funcionários deixou de existir as condições mínimas para a laboração". Neste mesmo comunicado é referido, ainda, que "nesta perspetiva e porque estão em causa os pressupostos insertos na Lei n. °14/2014 de 18 de março, comunicamos que procedemos ao encerramento de todos os estabelecimentos" e que "todas as questões relacionadas com os candidatos em formação […] serão tratadas pela Sra. Administradora Judicial".
Recorde-se que já em janeiro de 2013 mais de seis mil pessoas se queixaram da empresa Samuel Alves Pinto & Filhos, Lda, mais conhecida por deter as oito escolas de condução na zona Norte do País, incluindo “A Desportiva”. Na altura, o receio dos queixosos era o de poderem ficar sem carta de condução após a empresa apresentar insolvência e estar em vias de fechar portas. O grupo apresentava dívidas de vários milhões de euros e meses de salários em atraso. Porém, acabou por sobreviver após um plano de recuperação.