Aborrecido em casa? Reveja um mítico reencontro dos "Ecos da Cave"
Nestes tempos do "novo normal" às vezes é difícil encontrar coisas interessantes para fazer. Mas a Santo Tirso TV dá-lhe uma boa dica para este fim-de-semana.
Lembra-se do concerto dos "Ecos da Cave" nas festas de São Bento de 2017? O espetáculo que antecedeu os mundialmente conhecidos "The Stranglers", encheu por completo a Praça 25 de Abril, preenchendo os corações dos presentes de nostalgia, num momento que dificilmente será esquecido entre os presente.
O trabalho audiovisual teve para além do apoio dos Ecos da Cave, a ajuda da Santo Tirso TV, Carlos Portilha e Paulo Rosmanão, tendo sido editado por Stephane Oliveira.
Veja o vídeo abaixo:
CONCERTO
Os "Ecos da Cave" regressaram a 10 de julho de 2017 no mesmo dia do concerto dos "The Stranglers" e reverberaram bem alto os ecos de uma cave que já não se faziam ouvir desde 1995.
Em palco esteve a formação original que esteve presente em festivais como “Paredes de Coura” e o “Ermal”. No dia do concerto muitas gerações se reuniram e relembrar o espírito dos anos 80 e 90.
Os “Ecos da Cave” são uma banda formada em 1987. Os elementos do grupo inicialmente eram Carlos Lima (guitarra e harmónica), Armindo (baixo), Chico Zé (guitarra), Zé Costa (bateria) e Alfredo (voz).
Os “Ecos da Cave” notabilizaram-se no “Rock Rendez Vous”, onde o grupo tirsense chegou longe, num ano em que também participaram bandas como “Quinta do Bill” e “Sitiados”.
O tema que apresentaram foi “Desejo”. Nesse ano, os vencedores foram os "Easy Gents", mas a banda tirsense ficou na retina de muitas pessoas influentes da música portuguesa e acabariam por continuar uma carreira profícua.
Com este e outros temas a despontar nesta altura, os "Ecos da Cave" fizeram parte dos maiores promotores do movimento Rock entre os finais da década de 80 e início da década de 90, altura onde pontuavam também nomes como os "Ban", "Diva", "Radar Kadafi", "Três Tristes Tigres", "Sitiados", "UHF" e "Mler If Dada".
“AS PAPOILAS DO CAMPO ESTÉRIL”
Os “Ecos da Cave” gravaram o seu disco de estreia, “As Papoilas do Campo Estéril” em 1991 nos Estúdios Pinguim, editado em outubro pela El Tatu, editora de Tim dos Xutos e Pontapés. Nas músicas do Lado A constavam “O Voo da Gaivota na Praia Poluída”, “Ariana”, “Espírito Livre”, “Belzebu” e “Dilema”. No Lado B os temas foram “Nocturnos”, “4 Paredes”, “Farrapo Humano” e “Odeio Amar-te”.
Em 1992 os “Ecos da Cave” participaram ainda na primeira edição das Noites Ritual Rock. Apresentam algumas composições em inglês e uma versão de um tema de José Afonso, mas o grande momento da banda de Santo Tirso aconteceu no ano seguinte quando foram cabeças de cartaz da primeira edição do Festival Paredes de Coura e ainda no Festival do Ermal.
Dois anos volvidos, os Ecos da Cave gravaram nos Estúdios Avé Mania, o disco “O Silêncio Extremo do Aborígena”, que iria incluir temas como “Com o Álcool”, “Vejam Bem”, “Drop Down Dead”, “Grande Lua”, “Corre Como Um Cão”, “Nova Guerra”, “Visão Utópica”, “Parte P'ra Vida”, “Velhote”, “Defeitos Humanos” e “Nada”.
O disco malogradamente não chegou a ver a luz do dia, por motivos exteriores à música, e o grupo terminaria em 1995. Até dia 10 de Julho de 2017, altura em que se reuniram de novo num concerto histórico. A banda desde então tem mantido uma actividade mais ou menos regular.