"Depois do Fim do Mundo" é o nome do novo podcast tirsense. O programa, que segundo Robert Ribeiro tenta "sem sucesso ter piada", teve a sua primeira exibição este passado sábado. O horário onde pode ser ouvido? De dois em dois meses, num dia aleatório, à 1 da manhã em Portugal, e às 2 da manhã na Alemanha, "para que ninguém o possa ouvir". 

"A ideia é que ninguém ouça o podcast. Estamos extremamente envergonhados com as gravações. Correu muito mal, mas a ideia é que piore um pouco mais nos próximos programas".

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VÍTIMAS DE BULLYING

Stephane Oliveira e Robert Ribeiro foram vítimas de bullying quando eram crianças. “Depois do Fim do Mundo” é um exercício de neurose dos dois amigos que o destino fez coabitar em Genebra na Suíça e mais tarde, em Santo Tirso.

“O nosso podcast é sobre nada. O nosso psiquiatra é o mesmo. Ele recomendou-nos termos uma atividade extracurricular nesta altura complicada. Esta é uma delas. É uma espécie de programa documental e de ficção científica", afirma Robert.

Stephane Oliveira conheceu Robert num chat. “Conhecemo-nos numa aplicação chamada Chatroulette. Começamos a falar lá e depois descobrimos que éramos vizinhos”, afirma. 

Mas como começou o conceito? Robert Ribeiro acredita que teve a ver com o facto de agora “terem demasiado tempo livre". "A situação do mundo ajudou a seguirmos em frente. A ideia do programa é fazer uma espécie de balanço de como foi a vida na terra já que acreditamos que o mundo já acabou e estamos atualmente no inferno, ou num episódio da última temporada do Lost... Ainda estamos a tentar perceber”, prossegue Stephane.

Para Robert há uma abordagem filosófica mais profunda neste programa do que na maior parte dos programas deste género.

“O projeto é sobre Filosofia. É uma teleaula de Filosofia. Os temas são improvisados no momento, mas planeados consoante o ponto de vista do Criador. Ele é que escreve os guiões”, afirma. “Estou a referir-me a Deus e ao Diabo. Eles trabalham em turnos rotativos", conclui.

O primeiro episódio do podcast, "Praticar Sleeping" pode ser escutado abaixo. "O programa não é recomendado para menores de idade, nem para maiores de idade", diz Robert, que pediu para se "manter anónimo", mas depois mudou de ideias.