Faleceu hoje com 75 anos, vítima de doença prolongada, Asuil Dinis Ferreira.

Homem de causas, profundamente ligado ao movimento democrácrico, Asuil, nascido em 1944, natural da Agrela, formou-se em direito na Universidade de Coimbra em 1973, tendo frequentado o seminário o curso de Teologia no Seminário Diocesano do Porto.

Asuil Dinis foi ainda professor e presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (onde era atualmente presidente da assembleia).

Na década de 80 foi presidente da Assembleia Municipal de Santo Tirso.

Segundo informações avançadas nas redes sociais dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, o funeral ocorrerá amanhã pelas 15h00 na Igreja de Campanhã no Porto. A Cerimónia decorrerá com o cumprimento dos procedimento legais, tendo por base a situação epidemiológica em que o país se encontra.

O início da liberdade em Santo Tirso 

Asuil Dinis esteve sempre ligado ao movimento associativo. Esse fator e essa experiência fez com que tivesse inúmeros pedidos para que participasse na política. Dinis foi presidente da autarquia de 27 de janeiro de 1977 a 16 de janeiro de 1980

“Já melhor ambientado e mais conhecedor dos problemas não recusei ser o candidato a presidente da Câmara nas primeiras eleições autárquicas, o que implicou abandonar o ensino onde eu me sentia feliz e realizado e que muito espantou os colegas que só o souberam pela comunicação social, na noite das eleições, pois eu não faltei a uma aula durante a campanha eleitoral e nada comuniquei…”, teceu recentemente em declarações a um jornal.

"Ser político, com tudo o que isso significa de nobre, é absolutamente fundamental para a construção e realização da Justiça e da paz (...) Afirmo que gosto da política como empenhamento na construção dum mundo melhor, mas não me sinto confortável na “luta pelo poder”, embora a reconheça como legítima e necessária, mas não poucas vezes distorcida quando resumida só à luta por um lugar em benefício próprio.", prosseguiu.

Mas Asuil Dinis reconheceu os avanços feitos no concelho pelos seus sucessores.

"Hoje, realizadas as necessidades básicas, vemos a cultura a ter um lugar proeminente nos programas autárquicos, de modo universal, das crianças e jovens até aos idosos, da realização de infraestruturas culturais até, e sobretudo, à concretização do “imaterial”, afirmou.

Para Alberto Costa, Asuil "foi um homem de causas, com uma enorme dimensão social, que dedicou grande parte da sua vida à comunidade, quer enquanto autarca - o primeiro presidente da Câmara de Santo Tirso eleito -, quer ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, entre tantas outras áreas em que interveio sempre em prol do próximo", disse.

"Santo Tirso ser-lhe-á eternamente grato pelo trabalho que desenvolveu", escreveu nas redes sociais, ainda, o autarca.