Escolas de Santo Tirso maioritariamente fechadas
A greve nacional do pessoal não-docente levou ao encerramento de cerca de 85% das escolas públicas do país Em causa estão as condições laborais e a falta de funcionários que alegam existir nestas unidades.
“Pelas nossas contas, seriam precisos entre cinco e seis mil trabalhadores a nível nacional para que as escolas funcionassem devidamente. Entre 2010 e 2018 sairiam 12 mil trabalhadores e, desde então, poucos foram contratados”, afirmou o presidente Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves, que critica o Governo por não ter feito ainda nada sobre esta matéria.
SANTO TIRSO
Em Santo Tirso as greves tiveram igualmente grande adesão, levando ao fecho da significativa maioria das escolas públicas do concelho.
Hoje não há aulas na maior parte das grandes escolas das cidade. No Agrupamento de Escolas Tomaz Pelayo, à entrada vê-se um papel a avisar da greve. A unidade escolar encontra-se praticamente vazia. O vaivém habitual de alunos não existe e os únicos encontram-se nas imediações a conversar uns com os outros, sem poder assistir às aulas, ou nas paragens de autocarro, aguardando transporte para casa.
No Agrupamento de Escolas D. Dinis, as portas das salas de aula estão fechadas. Só dois funcionários não-docentes encontram-se a assegurar a segurança da unidade escolar, algo que é legalmente obrigatório. Ao todo, foi 98% do pessoal não-docente a aderir a esta greve.
Em conversa com a Santo Tirso TV, um dos funcionários, que preferiu não ser identificado, criticou as condições precárias que considera existirem para si e para os seus colegas: "Estamos a lutar pelos nossos direitos nesta greve. Já não basta os nossos salários serem baixos e sermos marginalizados. Isto é uma forma de mostrarmos aos políticos que estamos unidos, porque deve existir igualdade entre todos os cidadãos. Mas, temos responsabilidades e áreas de abrangência diferentes, pelo que não nos podem equiparar com o setor privado! Fazemos serviço público com grande abrangência para formar pessoas da melhor maneira possível", teceu.
A Escola de São Rosendo é uma exceção no que diz respeito ao concelho e ao país, estando a funcionar normalmente. Só duas funcionárias não-docentes aderiram à greve de um total de 12 pessoas.