Prodígio tirsense nomeado para prémio nacional de jornalismo
João Filipe Coelho pode ser um nome desconhecido para alguns, mas o jovem que esteve na época passada atrás da agressiva campanha de comunicação que ajudou o Estádio Abel Alves Figueiredo a encher - feito amplamente noticiado pela comunicação social nacional - é agora, de novo, motivo de destaque.
Atualmente a exercer funções como assessor de comunicação do Leixões Sport Club, João Filipe Coelho foi nomeado para o Prémio Nacional de Jornalismo de Inovação, destinado a projetos realizados no decorrer de cursos universitários.
O trabalho, desenvolvido em 3 meses, intitulado “Os novos olhos do futebol”, consistiu numa reportagem multimédia com texto, fotografia, vídeo e infográficos, sobre a implementação do sistema do Video-Árbitro no futebol português.
João Filipe Coelho e os seus dois colegas de curso, Daniel Monteiro e Daniel Costa foram aliás, com exclusão das entidades oficiais, as primeiras pessoas a ter acesso ao sistema que vigia a arbitragem em Portugal.
O jovem tirsense entrevistou entidades do conselho da Arbitragem da Federação, especialistas e jogadores de futebol.
A reportagem foi realizada no final da licenciatura de Ciências da Comunicação
VOTAÇÃO
O critério de determinação do vencedor passa pelo público. Este prémio, subsidiado pelo Ministério da Educação, tem ainda outro nomeado em contenda, sendo que o vencedor será decidido por um júri (60%) e por votações online (40%), que estão a decorrer desde 8 de novembro.
Em declarações à Santo Tirso TV, João Filipe Coelho, explicou-nos a sua motivação para realizar este projeto. O seu objetivo era estudar uma matéria inovadora em Portugal e no Desporto, assim como enveredar por uma linguagem que fosse ela também inovadora.
“Nós queríamos aproveitar o projeto final para tentar fazer algo de relevo que nos pudesse lançar para o mercado de trabalho e nos desse algum destaque. Quisemos aproveitar a oportunidade para tentar alcançar algo mais do que uma simples reportagem e ser útil para a nossa carreira”, informou.
“A nomeação para um prémio a nível nacional, quando estamos no meio de alguns “tubarões” da imprensa, como o “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias” e muitos outros… acima de tudo, a palavra que melhor representa aquilo que nós sentimos é “gratidão”.
OS OLHOS ATRÁS DOS “NOVOS OLHOS DO FUTEBOL”
O mundo vive repleto de inovações, fruto do avanço tecnológico. Esta gala de prémios de jornalismo tem também isso em conta, premiando jornalistas, ou jovens que se tenham debruçado sobre essas temáticas.
“O jornalismo em si é um pouco o reflexo da sociedade. Se a sociedade presta cada vez mais atenção ao mundo da internet, da multimédia e se estes têm cada vez mais impacto no quotidiano, o jornalismo tem que se influenciar”, defende.
“Fala-se muito que o jornalismo está numa fase de decadência e que está a perder um pouco a sua importância. Acho que a altura do jornalismo "só de texto" já passou. O jornalismo, acima de tudo, deve continuar a ter um estilo informativo, mas também tentar ser apelativo. Se nós jornalistas, ou técnicos de comunicação não apostarmos nessa componente da informação, mais concretamente no grafismo e na qualidade de imagem, os textos vão passar completamente despercebidos, por muita qualidade que tenham”.
“Na Universidade do Minho tivemos facilidade em aprender todas as componentes por trás da área da comunicação, quer seja redação de texto, execução de trabalhos da área multimédia”.
A gala de atribuição dos prémios vai decorrer no dia 2 de dezembro no Porto.
Os interessados no trabalho podem vê-lo aqui. As votações devem ser procedidas neste formulário.