Telemóveis topo de gama têm cada vez mais adeptos em Portugal
Já lá vai o tempo em que um telemóvel topo de gama custava 500 euros. Agora, o preço duplicou, mas tem cada vez mais adeptos em Portugal.
Os preços dos primeiros iPhones a chegar a Portugal andava nos 500 e 600 euros. Havia quem dissesse que era absurdo a quantia pedida por um simples telemóvel. Hoje, esse valor nem chega a metade dos preços dos recentes topos de gama da Apple, Samsung e Huawei.
As marcas evidenciadas ocupam o pódio dos topos de gama mais caros, tendo já em stock equipamentos que ultrapassam os mil euros. No entanto, em Portugal há cada vez mais pessoas dispostas a cobrir essa quantia. Em 2018, cerca 13% optava por telemóveis premim (acima dos 700 euros). Em 2019 subiu para 14%. Se olharmos para 2007 reparamos que a percentagem se fixava apenas nos 5%.
A tecnologia mudou muito e a Apple foi a primeira a ultrapassar a barreira dos 1000 euros como preço-base de um smartphone. Aconteceu com o iPhone X, que era mais caro que os portáteis mais baratos da marca. Depois, mais tarde, o iPhone Xs Max aproximava-se dos 1300 euros.
A tendência de criar telemóveis cada vez mais caros faz parte da estratégia para as marcas sobreviverem num mercado a encolher. A política do aumento do preço que as marcas levam a cabo prende-se com o facto de tentar compensar o número de unidades vendidas. Por isso, também têm de aumentar a qualidade do produto, com ecrãs, baterias e câmaras melhores.
Para se conseguir ter uma noção, recua-se até 2007, ano em que pedir mil euros por um telemóvel era absurdo. Em 2019, um telemóvel de 600 euros é quase considerado um equipamento de média gama.