Futuro da indústria têxtil europeia discutida em Santo Tirso
Fábrica de Santo Thyrso acolheu a assembleia geral da ACTE na passada quinta-feira e sexta-feira.
Foram vários os temas discutidos na assembleia geral da Associação das Coletividades Têxteis Europeias. A digitalização da indústria têxtil, investigação, empreendedorismo e indústria 4.0. foram temas que estiveram em cima da mesa. No entanto, houve especial relevo para ética laboral e sustentabilidade ambiental.
A proteção das indústrias europeias face à concorrência desleal de outros mercados despertou um debate sério, de forma a serem encontradas soluções em relação a este problema.
Joaquim Couto salientou a importância deste debate, afirmando que “é urgente adotar práticas concorrenciais que não se baseiem no baixo custo da mão-de-obra e na sobre-exploração ambiental”, defendendo ainda que “O setor têxtil do Vale do Ave soube reinventar-se, apostar em processos tecnológicos e sustentáveis, e enfrenta agora a concorrência de regiões que continuam a basear-se na exploração humana e ambiental”.
Esta foi uma assembleia de caráter eletivo. O município de Boras, na Suécia, foi eleito com unanimidade de votos para a presidência da ACTE durante os próximos três anos, enquanto que a Associação de Municípios do Vale do Ave, presidida por Joaquim Couto, foi eleita para a secretaria executiva.
A valorização da herança e património têxtil, a proteção da indústria europeia e a ligação do têxtil à moda e demais indústrias criativas estão entre os principais eixos de atuação definidos pela liderança da ACTE para o próximo triénio.