
Têxteis Adalberto na vanguarda da estamparia digital
O mercado da estamparia digital apresenta fortes tendências de crescimento.
É um mercado em constante desenvolvimento. Prevê-se um crescimento médio anual de 11,6% até 2023, somando um valor de mercado de 4,9 mil milhões de euros, sendo a Europa Ocidental a segunda região mais representativa da estamparia têxtil digital, apresentando uma quota de mercado de 30 por cento.
A tecnologia deste tipo de estamparia permite concretizar projetos com uma infinidade de cores de maior definição, ser mais rápida e mais ecológica, ao necessitar de menos água, acrescentando-se ainda o facto de permitir a execução séries mais pequenas.
Na Adalberto a história começa ainda em 1998, quando se comprou a primeira máquina de estamparia digital. Hoje, e com a aquisição de um novo equipamento, permite quadruplicar a capacidade instalada, atualmente na ordem dos 30 mil metros diários.
“Os primeiros equipamentos tinham capacidades de impressão na ordem de um a dois metros por hora e hoje temos velocidades de impressão de 2 mil metros por hora”, salienta Mário Machado, presidente da Adalberto, reforçando a preocupação no acompanhamento do mercado e a procura constante em dar-lhe uma resposta.
No entanto, este é um ramo que exige máxima cautela: “A estamparia digital transmitiu a falsa ideia de que era ligar a máquina à tomada elétrica e saíam estampados do outro lado”, acrescentando ainda que “Houve já várias empresas que não tinham experiência de estamparia e que se meteram no negócio digital, em Portugal e não só, e depois perceberam que a dimensão, a complexidade e os custos eram muito superiores àquilo que tinham estimado”.
Para Mário Machado é importante saber distinguir bem entre a estamparia convencional e a estamparia digital. Mostra-se crucial entender bem o tipo de desenho, de matéria-prima, corantes a que estas estão associadas.
Relativamente aos preços, a estamparia digital leva vantagem, com custos mais competitivos: “De forma genérica, e atendendo aos preços com que anda a digital e os custos dos cilindros, em quantidades abaixo dos 1000 metros a digital é mais competitiva do que os cilindros”, explica o presidente da empresa do concelho de Santo Tirso, onde já se investiu cerca de quatro milhões de euros em equipamento para a estamparia digital.
As perspetivas de crescimento no futuro depende do investimento dos fabricantes de cabeças de impressão: “Até haver um fabricante que resolva fazer cabeças de impressão somente dedicadas aos processos e produtos têxteis, vamos continuar a evoluir”, realça Mário Machado. No entanto, “é uma evolução que vai a reboque daquilo que acontece na impressão do papel”, conclui.