Importância dos Sapadores Florestais na Prevenção dos Incêndios
Estes homens são os primeiros a dar o alerta caso haja algum incêndio ou suspeita, a partir do Monte de Nossa Senhora da Assunção.
José Magalhães, chefe de equipa SF 06-113 , após ter trabalhado 30 anos numa empresa como escriturário, a insolvência obrigou-o a arregaçar as mangas e procurar um novo emprego. Apareceu-lhe a oportunidade de integrar nesta equipa de Sapadores, candidatou-se e foi aceite. A criação da Equipa de Sapadores surgiu em 2008.
Os Sapadores têm várias funções, que neste momento passam por fazer “vigilância florestal de primeira intervenção, normalmente de maio a outubro fazemos este serviço de deteção de incêndios e vigilância; depois numa outra fase em outubro até abril/maio fazemos silvicultura preventiva, as faixas de gestão de combustível do Plano de Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) da Câmara Municipal, exercem a primeira intrevenção nos incêndios, combate e rescaldo, nas redes viárias e terciárias”, contou José Magalhães.
Posicionados pelo LEE (Local Estratégico de Estacionamento), os Sapadores têm uma visão ampla desde Gaia até Guimarães, “e tudo o que seja da área do nosso concelho, nós temos que fazer intervenção. Nós dirigimo-nos ao local, tentamos apagar; se não apagarmos, temos que pedir ajuda quer seja aos bombeiros ou outro tipo de meios. Tudo o que seja fora da nossa zona, eu dou informação ao CDOS (Comando Distrital de Operações de Socorro) do Porto e eles fazem distribuição dos meios para o local”, acrescentou o chefe de equipa.
Caso algum incêndio seja fora da área, não há intervenção física por parte dos Sapadores. Se existir suspeita ou mesmo algum ato, salvo raras exceções como alertas amarelos, laranjas ou vermelhas, só saem à ordem de quem os tutela. “Não sendo vigilância armada, como o caso de hoje que não existe nenhum alerta e avistarmos alguma coisa na nossa área, eu tenho de dar essa informação”, declarou acrescentando “se vir uma coluna de fumo, dirijo-me ao local e faço a avaliação. Se conseguirmos apagar, informo que não são precisos mais meios; se não faço o pedido de ajuda e apoio, e trabalhamos em conjunto."
Este ano, o Dispositivo Municipal de Vigilância e Prevenção de Incêndios, que conta com uma equipa de 60 elementos começou no dia 1 de junho, mas esta data depende sempre das temperaturas. Caso haja uma vaga de calor forte, e por exemplo, os Sapadores estejam em silvicultura em fevereiro ou março, e se se justificar, eles contactam com os serviços e vão para o terreno. Normalmente, o Dispostito está acionado até ao último dia do mês de setembro, mas pode prolongar-se.
Esta equipa dos Sapadores composta por cinco elementos, durante o ano, fazem ações de sensibilização, por exemplo: no Monte Padrão fizeram as plantações e a sua manutenção, limpeza das caldeiras, ações com as escolas e universidades.
Nesta altura do ano, o LEE desta equipa de cinco sapadores está na Nossa Senhora da Assunção, mas “caso avistemos uma coluna de fumo ou que estejam nas nossas costas, nós para identificar pegamos no carro e vamos até ao local. Intervimos e informamos as autoridades” expôs José Magalhães.