A migração das frequências usadas nas transmissões de TV Digital Terrestre (TDT) arranca no próximo dia 7 de fevereiro, anunciou a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom). Sines é o concelho escolhido para o início da mudança de sinal da TDT à escala nacional. A entidade reguladora explica ainda que, depois de Sines, a migração para as novas frequências deverá seguir para o Algarve, no dia 10 de fevereiro. Só depois desta primeira vaga, a alteração de frequências vai rumar ao Norte. O plano da Anacom prevê que o processo de migração à escala nacional fique concluído no final de junho.

A Anacom lembra também que, depois da migração, os consumidores poderão deparar-se ecrãs negros, relativo à perda de sinal causada pela mudança de frequências. O que significa que «será necessário fazer a sintonia da televisão ou do descodificador de TDT».  

«A Anacom teve a preocupação de assegurar que não será necessário substituir ou reorientar a antena, trocar a TV ou o descodificador, e ninguém terá de subscrever serviços de televisão paga. No caso dos condomínios/edifícios que tenham instalações com amplificadores mono-canal poderão ter que os substituir», sublinha a reguladora, numa alusão para os casos de potencial publicidade enganosa que pretende potenciar a venda de pacotes de TV paga, alegando que o serviço de TDT vai acabar.

Para precaver queixas dos consumidores, como as que surgiram com a migração das transmissões analógicas para o sinal digital da TDT (em 2012), a Anacom tratou de disponibilizar um número grátis que presta assistência remota a quem não conseguir configurar ou sintonizar a TDT nas novas frequências. O número de apoio para a TDT é : 800 102 002.

Nos casos em que a assistência telefónica se revelar incapaz de sanar o problema, poderá ser solicitada uma visita de técnicos da Anacom. «Com o objetivo de alargar o leque de entidades que podem ajudar a divulgar informação e dar apoio à população, a ANACOM tem firmadas várias parcerias: com as Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia, a GNR, a PSP, o Instituto da Segurança Social, a AMA (Lojas e Espaços do Cidadão), os párocos, o Corpo Nacional de Escutas (Escuteiros), entre outras entidades», conclui a Anacom, em comunicado.

Além de libertar espectro para a quinta geração de redes móveis (5G), a migração de frequências promete sanar parte dos problemas que afetavam a qualidade do sinal da TDT – e que estavam diretamente relacionados com o facto de ser usada uma única frequência, que gerava interferências entre os diferentes emissões. Com a migração, a TDT passa a usar diferentes frequências que diferem nas regiões vizinhas, precisamente para evitar interferências.

Pode saber mais sobre o processo de migração da TDT no filme explicativo que a Anacom acaba de publicar.

Fonte: Visão